Autoridades europeias criticam atos de vandalismo no Brasil

“Expressamos a nossa total solidariedade ao Congresso Brasileiro”

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Europa critica atentado contra a democracia
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O presidente da Comissão dos Assuntos Externos do Parlamento Europeu, David McAllister, o presidente da Delegação à Assembleia Parlamentar Euro-Latino-Americana, Javi López, o presidente da Delegação para as Relações com a República Federativa do Brasil, José Manuel Fernandes, e o presidente da Delegação para as Relações com o Mercosul, Jordi Cañas, afirmaram, em nota que “condenam veementemente a invasão violenta e ilegal ao Congresso, ao Palácio do Planalto e ao Supremo Tribunal Federal, em Brasília, por partidários do ex-presidente Jair Bolsonaro” e sublinharam que “este foi um ataque inaceitável e hediondo ao coração da democracia brasileira, cujos autores e instigadores devem ser punidos com toda a força da lei”.

“Expressamos a nossa total solidariedade ao Congresso Brasileiro, ao governo do presidente Lula da Silva e a todas as demais instituições democráticas do Brasil. É um dos princípios fundamentais das democracias que os resultados de eleições justas e transparentes devem ser respeitados e qualquer tentativa de derrubá-los por meio de atos violentos deve ser firmemente rejeitada”, reforçaram estas autoridades, que disseram ainda que estão “preocupadas com os crescentes atos de violência política por parte de extremistas partidários do ex-presidente do Brasil, que promovem diretamente discursos e ações que levam ao confronto, ao ódio, à radicalização e até à criminalidade”.

“Apelamos a todas as partes para que façam todo o possível para superar esta situação perigosa e adotem medidas urgentes para impedir que esses atos voltem a acontecer, levando os responsáveis ​​à justiça”, reforçaram estas mesmas fontes.

Segundo apurámos, ao contrário do que foi citado nas palavras destes responsáveis, não existem informações de que os atos de vandalismo tenham sido praticados por grupos partidários ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro. As investigações indicam, até ao momento, que houve participação de cidadãos de “direita” que contestam o resultado das eleições e a chegada de Lula pela terceira vez ao poder no Brasil. ■

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