“nunca me senti um radical”, defende José Dias Fernandes, deputado eleito pela emigração na Europa pelo Chega

“campanha que a comunicação social fez contra o Chega e o seu candidato, ignorando-o por completo”.

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José Dias Fernandes, empresário
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José Dias Fernandes, de 65 anos, é empresário e está a estrear-se na Assembleia da República de Portugal como deputado, após ser eleito nas últimas eleições legislativas do dia 10 de março, pelo círculo europeu pelo partido Chega.

À nossa reportagem, o agora deputado disse avaliar a sua eleição como “resultado de trabalho de muita proximidade junto das nossas comunidades, quer na França, Suíça, Andorra, Alemanha, Luxemburgo, Reino Unido, Bélgica, etc., onde a nossa diáspora já não acredita na comunicação social desta mesma diáspora”.

Sobre a experiência que viveu nas últimas semanas, este responsável destaca o que considera ser uma “campanha que a comunicação social fez contra o Chega e o seu candidato, ignorando-o por completo”.

“Desmentimos tudo isso via redes sociais, o que desacreditou por completo a comunicação social e, assim, os emigrantes fizeram o resto. Disseram Chega de manipulação”, frisou.

Durante a sua campanha eleitoral, José Dias Fernandes disse ter “ouvido tudo e a todos e que prestou atenção e esteve atento a todas as revindicações dos emigrantes com que cruzamos, e apuramos que a livre circulação de pessoas e bens, a educação, as lojas de cidadão ou de proximidade e o ensino são prioritárias, assim como o direito de voto para todos os emigrantes”.

Em relação aos votos do seu partido pela emigração na Europa, este deputado é enfático.

“O resultado do voto é o resultado de que a diáspora já não acredita mais tanto nos partidos que nos governaram desde há 48 anos, assim como nos deputados que nos representaram durante todos estes anos, pois nada fizeram para o bem das comunidades, absolutamente nada, a não ser receberem ordenado ao fim do mês, deixando degradar todos os serviços consulares, o ensino e etc. E os portugueses acordaram”, comentou José Dias Fernandes, que rejeita rótulos referentes ao viés ideológico das suas ideias.

“Quanto a mim, nunca me senti um radical, muito longe disso, pelo contrário, quem me conhece sabe que sou uma pessoa vertical, muito direito e justo, defendendo sempre os mais necessitados. Nunca me pondo ao lado dos mais poderosos, mas defendendo sempre os mais fracos, por isso, me conhecem os portugueses da diáspora”, defendeu.

No país helvético, o partido Chega teve uma votação expressiva, devido, segundo este responsável, às deficientes políticas públicas para as comunidades.

“Na Suíça, os nossos irmãos emigrantes foram deixados ao abandono pelo governo socialista, os nossos emigrantes encontraram-se em centenas de casos de dupla tributação e o governo não resolveu o problema, por outro lado, a Suíça é um dos países mais seguros do mundo, onde os nossos emigrantes andam com segurança e estão atentos ao que se passa em Portugal. Não querem que Portugal continue a degradar-se e a se auto destruir com um governo que não governa para Portugal nem para os portugueses e a expressão no voto está certíssima na resposta dada pelos emigrantes na Suíça”.

Sobre os seus próximos passos, José Dias Fernandes disse que vai apostar “no direito de voto para todos os emigrantes que tenham um cartão de cidadão, no ensino, na livre circulação de pessoas e bens, pois, não compreendemos o porque de não podermos ter em Portugal um veículo automóvel mais de seis meses com matrícula fiscal do país onde residimos, e as lojas de cidadão em cidades onde há maior concentração de portugueses. A minha próxima missão é trabalhar para que o Chega possa ganhar as próximas eleições europeias”.

Em relação à maior participação de votantes nos círculos da emigração, José Dias Fernandes refere que “a diáspora sempre viveu e quis participar na vida política, mas os governos sucessivos não deram aos emigrantes a possibilidade de votar”, indagando que “a comunicação social e algumas associações, que são autênticos mercenários a trabalho dos dois partidos: PS e PSD, controlavam e influenciavam os emigrantes. Nós conseguimos romper esse arco mafioso instalado pelo governo há mais de 40 anos”, questionou.

“O meu contacto com os portugueses na Europa é de muitos anos. As pessoas confiam em mim, pois sabem que sou vertical e que os vou levar politicamente a outro rumo melhor. Daremos muito mais atenção às comunidades portuguesas, pois só o Chega propôs um ministério das Comunidades e isso é uma mais-valia e merecemos. Neste momento, estou a elaborar o plano adequado de ação e ainda não está finalizado”, disse José Dias Fernandes, que refere ter “uma grande experiência no mundo associativo, sendo mesmo fundador de uma associação com o particular interesse de unir os portugueses espalhados pelo mundo e que já existe em vários países”.

“Podem ter a certeza de que tudo farei para que todos os seus direitos constitucionais (diáspora portuguesa) lhes sejam repostos”, finalizou. ■

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