Poetisa mineira venceu Prémio Camões 2024

Adélia Prado recebeu a mais alta distinção da literatura em língua portuguesa

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Adélia Prado tem como padrinho literário Carlos Drummond de Andrade
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A poetisa mineira Adélia Prado foi distinguida com o Prémio Camões 2024, o mais prestigiado galardão literário da língua portuguesa. O anúncio foi feito na última semana, após uma reunião virtual do júri, composto por escritores e académicos do Brasil, Portugal e Moçambique.

O prémio, no valor de 100 mil euros, é financiado pela Fundação Biblioteca Nacional do Brasil e pelo Governo de Portugal. O júri destacou a originalidade da obra de Adélia Prado, especialmente a sua produção poética, e mencionou a sua ligação com Carlos Drummond de Andrade, que foi um dos seus maiores incentivadores.

A ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, celebrou a vitória, sublinhando a importância da conquista para a cultura brasileira e o reconhecimento do talento das escritoras do país.

Marco Lucchesi, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, destacou a coincidência de Adélia Prado ser premiada no ano do quinto centenário de Camões, ressaltando a relevância da sua poesia na literatura de língua portuguesa.

Adélia Prado, nascida em Divinópolis, Minas Gerais, em 1935, é licenciada em filosofia e começou a sua carreira literária publicando poemas em jornais. O seu primeiro livro, “Bagagem”, lançado em 1976 com o apoio de Drummond, recebeu elogios pela originalidade. Ao longo da sua carreira, Prado ganhou diversos prémios, incluindo o Prémio Jabuti.

O Prémio Camões, criado em 1988 pelos governos do Brasil e de Portugal, visa fortalecer os laços culturais entre os países lusófonos e reconhecer autores que contribuem para a literatura em português. O prémio é decidido por um júri internacional composto por representantes de países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). ■

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