Presidente português foi citado durante debate entre candidatos a Presidente do Brasil

Candidata Soraya Vieira Thronicke falou sobre exemplo de Marcelo Rebelo de Sousa na área da educação durante a pandemia

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Educação em Portugal mencionada como exemplo a seguir
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O presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, foi citado durante o primeiro debate entre os principais candidatos a presidente da República do Brasil no último dia 28 de agosto. O debate deste ano, realizado por um pool de emissoras formado pelo Grupo Bandeirantes de Comunicação, pela TV Cultura, pela Folha de S. Paulo e UOL, além do Google, entre outros órgãos, aconteceu no estúdio principal da Band em São Paulo. A transmissão teve início às 21h (horário de Brasília – 01h do dia 29 em Portugal continental), e teve como mediadores os jornalistas Eduardo Oinegue e Adriana Araújo, da Band; Leão Serva, da TV Cultura, e Fabíola Cidral, do UOL.

O debate contou com a presença dos principais candidatos: Felipe D’Avila (Novo), Soraya Thronicke (União Brasil), Simone Tebet (MDB), Jair Bolsonaro (PL), Lula (PT) e Ciro Gomes (PDT), “levando em consideração as pesquisas de intenção de voto e a relevância partidária”, já que existem outros nomes a concorreram ao posto máximo político brasileiro.

E foi Soraya Vieira Thronicke, advogada e política brasileira, eleita em 2018 para o cargo de senadora pelo estado do Mato Grosso do Sul, que mencionou o nome do presidente luso quando o tema em destaque era a educação.

“Durante a pandemia, tivemos as nossas crianças fora da escola e o governo não conseguiu fazer um programa que resolvesse isso. Simples seria se ele (o governo) utilizasse o mesmo método que utilizou o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo. Marcelo Rebelo é professor também e ele foi para a TV estatal dar aulas e contratou os melhores professores do país para dar aulas na TV aberta para os alunos”, disse Soraya Thronicke, quando o debate já estava no ar por 45 minutos.

Marcelo Rebelo de Sousa na RTP

A informação desta candidata remete a junho de 2020 quando Marcelo Rebelo de Sousa participou numa edição especial nos estúdios da RTP em Lisboa ao falar sobre “As Lições da Pandemia” no âmbito do projeto #EstudoEmCasa, que proporcionou aos jovens portugueses que estudavam do 1º ao 9º ano terem aulas através da televisão, quando o confinamento em Portugal encerrou as atividades presenciais nas escolas públicas e privadas, numa iniciativa que foi fruto de uma parceria do Ministério da Educação de Portugal com a emissora pública nacional.

Durante a referida aula, o presidente português falou sobre o vírus da Covid-19, a importância do isolamento e sublinhou de forma motivacional as lições de vida que o novo vírus nos trouxe. A aula do presidente viralizou na Internet e virou exemplo em vários locais do mundo.

Acusações e muitos números

O debate ficou marcado ainda pelos “ataques” mútuos entre os candidatos, com maior destaque para o embate entre o ex-presidente Lula e o atual presidente Bolsonaro. Ciro Gomes, que concorre pela quarta vez ao cargo de presidente e se apresenta como “alternativa”, defendendo um novo modelo econômico para o país, sofreu ataques e também discursou acusando Lula e Bolsonaro. Temas como a liberação do porte de armas, educação, corrupção, valorização das mulheres, segurança e saúde públicas estiveram na pauta do debate.

Nos bastidores dos estúdios, houve embates e trocas de acusações entre apoiantes de Lula e de Bolsonaro. Na Internet, a população, e alguns políticos, criticaram o fato de não ter havido maior discussão em relação ao plano de governo de cada um dos candidatos.

Na porta de entrada da emissora brasileira, o candidato Pablo Marçal (Pros), que ficou de fora do debate em virtude dos critérios adotados pela Band, recebeu o apoio de militantes e, durante todo o debate, criticou efusivamente os candidatos que estavam ao vivo e a estação de TV por não o convidar e disse estar pronto para utilizar as redes sociais para passar as suas ideias e defendeu que o Brasil não merece ter nem Lula nem Bolsonaro no poder.

Segundo informações, o esquema de segurança montado para o debate contou com a presença de policiais militares, agentes da Polícia Federal (PF) e seguranças privados da emissora. Apoiantes do PT e de Bolsonaro foram separados para prevenir “eventuais confrontos”, apesar de ter havido bate-boca entre membros dos dois grupos, como mostram vídeos que circulam nas redes sociais.

Novos debates, entrevistas e sabatinas aos candidatos, organizados por outras emissoras, estão previstos. O primeiro turno das eleições no Brasil decorre no dia 2 de outubro, quando serão eleitos, além do presidente da República, também deputados estaduais e federais, senadores e governadores. ■

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