TAP faz acordo com família brasileira para embarque de cão de terapia

Voo deve acontecer na próxima sexta-feira; TAP alega que “propôs uma solução para que o Teddy possa voar dentro de dias a bordo de uma das nossas aeronaves”

0
58
Caso ganhou espaço na imprensa luso-brasileira
- Publicidade -

O cão de assistência impedido de embarcar num voo da TAP com ligação entre o Rio de Janeiro e Lisboa vai viajar para Portugal nos próximos dias. O transporte será feito na sexta-feira, dia 30, depois de um acordo entre a família e a companhia área portuguesa. A informação foi divulgada pelo jornal português Público Brasil.

Tedy, o cão de assistência de Alice, diagnosticada com autismo em grau elevado, vai viajar acompanhado pelo treinador, que irá assumir a responsabilidade pelo comportamento do animal dentro da cabine do avião, garantido o cumprimento das regras necessárias.

O acordo entre a família e a companhia área portuguesa terá acontecido após a intervenção do governo brasileiro.

Renato Sá, pai de Alice, já tinha dito que a família estava disposta a fazer de tudo para trazer o animal para Portugal na cabine de um avião.

Recorde-se que o cão de assistência foi impedido de embarcar, por duas vezes, a primeira a 8 de abril, altura em que a família de Alice mudou-se para Portugal. Nesse dia a TAP recusou o embarque do cão alegando que o animal não possuía o certificado exigido.

A família levou o caso à Justiça e, a 16 de maio, o juiz emitiu uma decisão judicial para autorizar o embarque do cão.

No entanto, no passado fim de semana, a companhia aérea portuguesa recusou-se a cumprir a ordem da Justiça e voltou a impedir o embarque do animal na cabine do avião.

A companhia aérea portuguesa disse que a decisão se deveu a questões de segurança e que a decisão judicial viola o manual de operações de voo da TAP.

Em declarações à nossa reportagem, a TAP afirmou que “o transporte de cães de serviço na cabina, na gíria inglesa SVAN (Service Animals), está documentado nos procedimentos operacionais” e que “os procedimentos são aprovados pelo Regulador Nacional, seguem as regras europeias e as boas práticas da indústria, especificamente a documentação Live Animals Regulations (LAR) da International Air Transport Association (IATA)”.

“Seguindo as diretivas europeias e nacionais, a TAP pugna por não discriminar os passageiros, salvaguardando que o voo é realizado em observação das mais elevadas regras de segurança. O caso mediático do transporte do SVAN Teddy tem merecido a nossa melhor atenção. Desde o início, a TAP tem apresentado soluções alternativas ao seu transporte, especificamente o transporte em compartimento climatizado e pressurizado, como ocorre com dezenas de outros animais, garantindo o bem-estar do Teddy. Infelizmente, a solução não mereceu o acolhimento da família”, explicou a empresa.

Ainda de acordo com a empresa, “desde então, por intermédio dos representantes legais, a TAP tem mantido contacto com a família, tendo por objetivo último encontrar uma solução viável e em conformidade com as normas de segurança da Companhia para o transporte do Teddy”.

“Reiteramos a nossa preocupação com o bem-estar desta família e com a segurança dos nossos passageiros. Nesse sentido, a TAP propôs uma solução para que o Teddy possa voar dentro de dias a bordo de uma das nossas aeronaves. Estamos seguros de que a solução agora encontrada será aceite pela família em apreço. Por último, queremos assegurar aos nossos passageiros que a TAP norteia a sua operação pelas mais elevadas regras de segurança. Não nos desviamos dos nossos procedimentos, seja por custos, uma urgência ou um caso pontual”, finalizou a companhia. ■

- Publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.