O gestor cultural Afonso Borges, criador do Fliparacatu, afirmou que o evento, a realizar-se de 26 a 31 de agosto, mantém como prioridade a “reunião de diferentes artes em torno da literatura, com um programa que privilegia o equilíbrio, a ética e a promoção do hábito de leitura”. O evento acontece em Paracatu, município brasileiro do Estado de Minas Gerais.
“Não é feira nem festa. É festival porque só o festival consegue reunir todas as artes ao redor da literatura”, frisou.
Segundo este responsável, o Fliparacatu distingue-se por “garantir representatividade entre géneros, raças e origens, e por centrar os debates em temas ligados à democracia, aos direitos humanos e à valorização do texto literário”.
Afonso Borges destacou o “clima de respeito” que caracteriza o evento, onde “divergências não se transformam em ataques pessoais, mas sim em oportunidades para reflexão”.
Este organizador recordou um episódio marcante da edição anterior, quando uma jovem participante, que assistiu a todos os debates, pediu que o festival fosse alargado para começar mais cedo. Para Borges, este é um exemplo claro do impacto educativo da iniciativa.
“Quando o princípio é incentivar o hábito da leitura, o público sai melhor do que entrou”, afirmou.
O Fliparacatu integra o calendário de quatro festivais literários que Afonso Borges realiza no segundo semestre e, este ano, contará novamente com entrada gratuita, reforçando o objetivo de “democratizar o acesso à cultura e de aproximar a literatura de diferentes públicos”.
Este ano, o evento, que reúne mais de 60 autores, elege o escritor português Valter Hugo Mãe como autor homenageado, destacando a sua obra no eixo central da programação. O romance “A Desumanização” será debatido em diferentes momentos do festival, atravessando a temática escolhida para esta edição: “Literatura, Encruzilhada e a Desumanização”.
A programação do festival pode ser consultada em: www.fliparacatu.com.br ■