Fliaraxá reúne Léonora Miano e Jamil Chade em debate sobre diáspora e identidade

13.º Festival Literário Internacional de Araxá (Fliaraxá) decorre até 5 de outubro no Teatro CBMM do Centro Cultural Uniaraxá, Brasil

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O Fliaraxá, realizado anualmente há 13 anos, promove encontros com escritores, lançamentos de livros, prémios de redação, atividades infantis e apresentações musicais. Foto: divulgação
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O 13.º Festival Literário Internacional de Araxá (Fliaraxá), que decorre até 5 de outubro no Teatro CBMM do Centro Cultural Uniaraxá, teve na última sexta-feira uma das mesas mais esperadas da edição. A escritora franco-camaronesa Léonora Miano e o jornalista Jamil Chade partilharam reflexões sobre diáspora, exílio, migração e racismo estrutural na conversa intitulada “Cartografias da perda”.

Chade sublinhou a relevância da obra de Miano, marcada pelo legado do colonialismo e pela luta contra a invisibilidade das minorias na Europa. A autora apresentou a sua ideia de “Afropea”, conceito que propõe a criação de um espaço identitário próprio para afrodescendentes, livre de categorizações impostas pelo Ocidente desde o século XV.

“Na questão literária é necessário quebrar os silêncios e fazer a narração desses relatos escondidos e dissimulados”, afirmou Miano, defendendo a literatura como instrumento de restituição histórica.

O debate também abordou o crescimento dos discursos de ódio nos Estados Unidos e a persistência de hierarquias raciais. No final, Miano destacou a importância do diálogo com o Brasil, país que descreveu como diverso e marcado pela forte presença afrodescendente.

Todas as atividades são gratuitas, com organização da CBMM e apoio cultural de várias instituições. ■

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