Os preços médios das casas para arrendar em Portugal aumentaram 4,1% em setembro de 2025 em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo o índice imobiliário do portal Idealista, divulgado em 2 de outubro. O custo mediano nacional atingiu 16,9 euros por metro quadrado (m²), consolidando uma tendência de valorização que abrange praticamente todo o território português.
As grandes cidades continuam a liderar o ranking nacional: Lisboa apresenta o arrendamento mais caro do país, com 22,5 euros/m², seguida por Porto (18,1 euros/m²) e Funchal (15,4 euros/m²). A Área Metropolitana de Lisboa mantém o preço médio mais elevado entre as regiões, com 20 euros/m².
Apesar dos valores altos nas capitais, o crescimento percentual mais expressivo foi observado fora dos grandes centros urbanos, o que mostra uma migração de interesse para o Interior do país. O distrito de Castelo Branco liderou o aumento anual, com uma alta de 27,5%, seguido por Viana do Castelo (23,8%), Vila Real (23%), Beja (17,9%), Coimbra (17%) e Viseu (14,1%).
Para o consultor imobiliário português António Carlos, líder da Equipa António Carlos na Covilhã, esse movimento reforça a atratividade do Interior para a compra de imóveis, especialmente diante do encarecimento do arrendamento nas grandes cidades.
“A valorização do arrendamento em distritos como Castelo Branco ou Viseu é um sinal de que há procura crescente. Mas, para quem deseja comprar, o custo por metro quadrado ainda é significativamente menor do que em Lisboa ou no Porto, o que cria uma oportunidade real de investimento”, afirmou.
Regiões como Viseu (7,7 euros/m² para arrendar), Bragança (7,1 euros/m²) e Castelo Branco (8,5 euros/m²) destacam-se por combinar preços de compra mais acessíveis com valorização consistente.
“Quem compra agora tem potencial de retorno tanto pela valorização do imóvel como pela possibilidade de arrendamento futuro. Além disso, a região Centro de Portugal oferece qualidade de vida, segurança e custo de manutenção mais equilibrado”, explicou António Carlos.
Os dados do Idealista indicam que o Alentejo registou a maior alta anual regional, com 15,3%, seguido do Centro de Portugal, com 12%. Ambas as regiões vêm atraindo investidores estrangeiros e famílias portuguesas que buscam alternativas mais estáveis longe do litoral.
“Para quem pensa viver ou investir, o momento é agora. O Interior português está a consolidar-se como uma escolha inteligente: preços ainda competitivos, boa infraestrutura e tendência clara de valorização”, concluiu António Carlos, cuja equipa foi reconhecida em virtude da atuação no setor, nomeadamente com o Prémio Golden, atribuído pela RE/MAX Portugal. ■





