Fliporto Arte 2025 celebra o centenário de Reynaldo Fonseca e promete ser a “maior feira de artes visuais do Nordeste”

Criada por António Campos, com curadoria de Denise Rodrigues Missaka, mostra reúne 31 artistas e 17 espaços na Galeria Janete Costa, em Recife

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Criada por Antônio Campos, com curadoria de Denise Rodrigues Missaka e coordenação executiva de Anna Guerra, a Fliporto Arte 2025 reúne 31 espaços expositivos entre galerias e artistas, além de palestras e outras atividades, no Espaço Janete Costa, no Parque Dona Lindu, obra de Oscar Niemeyer. Integrada à programação da Fliporto, que completa 20 anos de tradição, a mostra consolida um espaço próprio de diálogo entre a literatura e as artes visuais

O evento acontece de 13 a 16 de novembro, na Galeria Janete Costa, no Parque Dona Lindu, em Recife, e abre a sua programação com uma homenagem ao centenário do pintor pernambucano Reynaldo Fonseca, um dos grandes nomes da arte moderna brasileira. A inauguração ocorre na quinta-feira, dia 13, às 13h, seguida de coquetel às 19h, com a presença de artistas, curadores, galeristas e representantes de instituições culturais.

Idealizada por Antônio Campos, curador e coordenador-geral da Fliporto, a Fliporto Arte nasce como um desdobramento natural da Festa Literária Internacional de Pernambuco, com o propósito de “integrar literatura e artes visuais em um mesmo território criativo”.

“Criei a Fliporto Arte pensando no diálogo entre as artes e na força criativa do Nordeste, valorizando nossos artistas e a nossa cultura, dialogando com artistas de Pernambuco e de outros lugares”, afirmou Antônio Campos, acrescentando que “esta será a maior feira de artes visuais do Nordeste”.

Segundo ele, a iniciativa “marca um novo momento na relação entre o público e as artes visuais, abrindo espaço para a diversidade e o diálogo entre gerações de artistas”.

A curadoria é de Denise Rodrigues Missaka e a coordenação executiva, de Anna Guerra. O evento contará com a participação de artistas nacionais e propõe um diálogo entre o lirismo característico da pintura de Reynaldo Fonseca e as novas linguagens digitais e imersivas da produção contemporânea. A programação inclui também uma homenagem ao artista Gabriel Wickbold, que apresentará uma grande exposição.

Segundo a curadora, a ideia da Fliporto Arte “nasceu de um encontro entre amigos, quando surgiu a proposta de realizar uma feira de arte diferente”.

“Antônio, diretor e idealizador da Fliporto, com uma visão cultural extraordinária, trouxe a ideia, e assim desenvolvemos o conteúdo”, explica Denise Missaka. Para ela, a Fliporto Arte “traz uma visão inovadora, interligando história, educação, memória e o futuro das artes”.

Entre os destaques da mostra estão nomes consagrados da arte pernambucana, como Francisco Brennand e Reynaldo Fonseca, além do fotógrafo e artista multimédia Gabriel Wickbold, que apresenta a série “A Cor do Ser”, uma investigação visual sobre identidade, corpo e expressão. A mostra fará ainda uma menção especial à família Rodrigues, marcada pela contribuição cultural de figuras como Nelson Rodrigues, Mário Filho, Sérgio Rodrigues e Cafi.

Para Antônio Campos, o objetivo é “consolidar Pernambuco como um verdadeiro polo de criação, memória e inovação nas artes”.

“Queremos mostrar a força da produção visual brasileira e reforçar a importância da arte como ponte entre o passado e o futuro”, disse.

Denise Rodrigues Missaka, curadora da Fliporto Arte

Denise Missaka resume o espírito da mostra ao afirmar que “a arte é o oxigénio necessário para aliviar os conflitos do mundo contemporâneo. Respirar é preciso, e a arte é fundamental para ampliar todos os sentidos humanos”.

O tema da Fliporto 2025 é “Literatura, tecnologia, sustentabilidade, interfaces e diálogos”. O festival, que celebra 20 anos de existência, homenageia os poetas Carlos Pena Filho e Miró da Muribeca, com menções especiais à poesia de Dom Hélder Câmara e Chico Pedrosa.

A edição comemorativa propõe refletir sobre o papel da literatura num mundo cada vez mais tecnológico e interconectado, destacando a sustentabilidade como eixo transversal. A ideia é “aproximar escritores, artistas, académicos e o público em torno de novas formas de criação, circulação e diálogo entre literatura, artes plásticas, cinema, tecnologia e meio ambiente”. ■

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