Brasil: Após passar por Portugal, Fliporto dá o pontapé de saída no Brasil para celebrar 20 anos

Festa Literária Internacional de Pernambuco aposta nos escritores lusófonos, nas artes e na cultura de cordel

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Foto: Agência Incomparáveis
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A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) entra hoje numa nova fase ao celebrar 20 anos de existência. O evento acontece em Recife entre os dias 13 e 16 de novembro, no Parque Dona Lindu, com o tema “Literatura, tecnologia, sustentabilidade, interfaces e diálogos”. No mês passado, a Fundação Livraria Lello, em Portugal, recebeu a Fliporto para a sua primeira edição fora do Brasil, numa aproximação com o público lusófono.

Em articulação com editoras, como a Editora Imeph, bem como instituições culturais lusófonas e atores da arte e da literatura, o evento reafirma o seu carácter internacional e a sua ambição de fazer da língua portuguesa um eixo de convergência cultural entre os continentes.

Durante quatro dias, escritores brasileiros e de outras partes do mundo lusófono vão participar de mesas-redondas, painéis, lançamentos e homenagens. Haverá, além da Fliporto Literatura, a Fliporto Artes e Fliporto Cordel, que vão valorizar a cultura nordestina.

Entre os homenageados desta edição figuram os poetas Carlos Pena Filho e Miró da Muribeca, que deixaram marca no panorama literário pernambucano. A estreia de um espetáculo artístico-literário dedicado a ambos, sítios de memória recriados, como o café inspirado no Bar Savoy, e lançamentos de novas edições de obras ambicionam reforçar o elo entre literatura, arte e comunidade.

Na vertente das artes visuais, o festival expande-se através da Fliporto Arte 2025, feira de artes visuais que vai decorrer simultaneamente na Galeria Janete Costa dentro do Parque Dona Lindu, com 31 espaços expositivos, curadoria de Denise Rodrigues Missaka, idealização de Antônio Campos, e uma homenagem ao centenário do pintor pernambucano Reynaldo Fonseca.

A programação também contempla uma componente dedicada ao cordel, com a Fliporto Cordel – IMEPH, valorizando a tradição da narrativa nordestina em parceria com a Editora IMEPH e homenageando o poeta popular Chico Pedrosa.

Cenário cultural valorizado

Para além dos espaços físicos de debate e exposição, o festival faz aliança com organismos internacionais como o Instituto Camões e o Instituto Cervantes, reforçando o carácter lusófono da iniciativa e abrindo janelas de diálogo entre a literatura portuguesa, brasileira e de outras comunidades da língua.

A escolha de Recife, cidade costeira nordestina com tradição cultural e literária, é estratégica, pois “permite que a Fliporto se inscreva como plataforma de convergência entre a cultura do Norte/Nordeste do Brasil e a Lusofonia, refletindo o movimento de ida e volta entre o Brasil e Portugal que caracteriza a vida literária e cultural dos dois países”.

Nesta edição, o foco na sustentabilidade também se destaca, já que o festival anuncia-se como evento “Carbon Free”, com plantio de árvores para compensar emissões de carbono, e inclui ações de sensibilização sobre ecossistemas como a Caatinga e a preservação dos Baobás de Pernambuco.

Antônio Campos, curador e coordenador-geral da Fliporto, acredita que “celebrar 20 anos do evento em Recife marca a continuidade de um percurso que chega aos 20 anos com vitalidade renovada, reforçando o papel do festival como ponte entre a criação literária, a circulação de ideias e o diálogo cultural no espaço lusófono”. ■

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