
No âmbito da apresentação do plano da ANA para a expansão do aeroporto de Ponta Delgada, cujo investimento prevê a duplicação da área do terminal, além do reforço das zonas de check-in, embarque e dos espaços de controlo de segurança e fronteiras, o presidente do governo dos Açores considerou o plano “um passo decisivo para o futuro dos Açores”.
“Estamos perante o cumprimento de um compromisso assumido e agora concretizado, após uma justa reivindicação da região”, afirmou José Manuel Bolieiro, acrescentando que “a modernização do aeroporto João Paulo II é essencial para garantir a qualidade do serviço e responder ao crescimento da procura turística e da mobilidade dos açorianos”.
“O governo dos Açores estará vigilante quanto ao cumprimento dos prazos e objetivos deste projeto. É uma responsabilidade partilhada, que exige acompanhamento próximo e rigoroso”, frisou Bolieiro, assegurando que o executivo “manterá um diálogo permanente com a ANA e o governo da República para que estas obras se concretizem dentro dos prazos e com a qualidade prometida”.
“Estes investimentos são um sinal de confiança no futuro dos Açores e da sua relevância estratégica. Reforçar as ligações aéreas é reforçar a coesão e o desenvolvimento da nossa região”, concluiu o líder do executivo açoriano.
As obras, de acordo com o presidente executivo da ANA, Thierry Ligonnière, decorrerão entre 2025 e 2030, em várias etapas, garantindo a manutenção das operações do aeroporto durante todo o processo.
A primeira fase, já concluída, representou um investimento de cerca de 20 milhões de euros, abrangendo obras de modernização nos terminais de Ponta Delgada e da Horta.
Em Ponta Delgada, os trabalhos incluíram a renovação das fachadas exteriores, a substituição de pavimentos, paredes e tetos, a instalação de novo mobiliário e sinalização, bem como a modernização das instalações sanitárias, a implementação de novas tecnologias de apoio ao passageiro e melhorias de eficiência energética e conforto.
No aeroporto da Horta, a obra de requalificação, num investimento de cerca de 10 milhões de euros, englobou intervenções nas áreas de controlo e segurança, embarque e desembarque de passageiros, espaço comercial e revestimentos exteriores, o que gerou melhorias operacionais, de conforto e de desempenho energético e ambiental.
A segunda etapa do plano de expansão de Ponta Delgada, com arranque previsto para 2027, incluirá a relocalização da atual sala VIP e a criação de capacidade operacional adicional, preparando o aeroporto para as grandes obras de ampliação.
No final da intervenção, o terminal passará a dispor de mais 15 mil metros quadrados, duplicando a sua dimensão atual, sendo que a área de check-in terá mais do dobro da capacidade, o controlo de segurança será triplicado e as portas de embarque serão igualmente duplicadas.
A ampliação das salas de controlo de fronteira e a instalação de equipamentos tecnologicamente avançados permitirão ganhos relevantes em matéria de eficiência operacional, gestão de fluxos e conforto dos passageiros.
Contudo, no âmbito do Plano Diretor da ANA para o aeroporto de Ponta Delgada, estarão ainda previstos investimentos de médio e longo prazo destinados ao desenvolvimento das atividades das companhias aéreas e à concretização das metas de sustentabilidade ambiental definidas pela gestora aeroportuária.
O aeroporto João Paulo II foi recentemente distinguido com o nível 5, o mais elevado da Airport Carbon Accreditation do Airport Council International, passando a integrar um grupo restrito de aeroportos mundiais que atingiram padrões máximos de gestão e redução de emissões de carbono.
A VINCI Airports, responsável pela gestão da ANA, reafirmou o compromisso com a estratégia global de neutralidade carbónica até 2050, reforçando o papel dos aeroportos açorianos na modernização e sustentabilidade do setor. ■




