
O diplomata, escritor, tradutor e dramaturgo Silvio Albuquerque vai apresentar o seu novo livro “Cidadanias Mutiladas, Dignidades Restauradas“ no Rio de Janeiro (dia 20, às 18h, na Livraria Leonardo da Vinci) e em Salvador (dia 26, às 15h, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira).
Na visão de Albuquerque, esta obra é mais do que um livro: é um gesto político e afetivo em defesa da igualdade, da empatia e do direito de existir plenamente.
Sendo um referente na luta contra a discriminação e pela igualdade de direitos, o embaixador sublinha que “o mundo de hoje voltou a ser habitado por muitos fantasmas do passado. A reemergência de ideologias extremistas, a manipulação do medo e o ódio a mulheres, afrodescendentes, povos indígenas, migrantes e membros da comunidade LGBTQIA+ exigem de todos perseverança na luta por direitos, igualdade e justiça”.
“A profusão crescente de casos de racismo e discriminação racial no Brasil e no mundo leva-nos a crer que o racismo jamais poderá ser eliminado, mas precisamos dar um basta nesse paradigma”, acrescentou.
Nesse sentido, o livro reúne histórias reais de pessoas conhecidas e anónimas que enfrentaram o racismo, a misoginia, a xenofobia e outras formas de exclusão, reagindo com coragem e solidariedade.
Inspirado em Milton Santos, o autor propõe uma reflexão sobre a dignidade humana como fundamento da convivência democrática. Nas palavras da jornalista Flávia Oliveira, trata-se de “um apelo ao que resta de humanidade em nós”.
Com mais de 30 anos de experiência diplomática, Albuquerque é o primeiro homem negro a liderar uma representação diplomática brasileira na Europa em mais de um século, além de ter chefiado a embaixada brasileira no Quénia, onde também foi representante junto da ONU em Nairóbi, e de ter atuado em postos estratégicos como Colômbia, Chile e Canadá. ■




