A Prefeitura do Rio de Janeiro divulgou o balanço final sobre a queima de fogos em comemoração ao Réveillon do Rio 2025. Mais de cinco milhões de pessoas espalhadas nos 13 palcos montados pela cidade celebraram a chegada do Ano Novo. A tradicional virada de ano em Copacabana, considerada a maior do mundo, atraiu um pouco mais de 2,6 milhões de espetadores, que, na contagem regressiva para 2025, assistiram a um espetáculos de luzes inédito com um balé de lasers e show de fogos.
Para garantir uma virada com segurança, higiene e sem violência, o poder público municipal disponibilizou 8.358 agentes de 11 órgãos para garantir aos cariocas e visitantes, serviços de ordenamento urbano, segurança, trânsito, transportes, saúde, assistência social e limpeza.
Dos 13 palcos montados na cidade, com três em Copacabana, dois deles foram recém-inaugurados: do Parque Oeste (Inhoaíba) e do Parque Realengo Susana Naspolini. Um show pirotécnico foi apresentado em três pontos: Copacabana, com dez balsas e 12 minutos de fogos, Flamengo e a queima de fogos na Igreja da Penha.
A equipa de produção e organização, conforme o mapeamento da estrutura do evento, montou uma base de atendimento para atender à população e por toda a orla de Copacabana foram disponibilizadas 800 casas de banho químicas. Todos os palcos contaram com área destinada a pessoas com deficiência.
A virada contou ainda com outra ação inédita: além dos drones para monitorização, o Centro de Operações Rio (COR) instalou uma base avançada no bairro para observar imagens e acionar de imediato equipas operacionais, em caso de emergências. Somente em Copacabana, foram mais de 240 câmaras para acompanhar a chegada e a saída do público, além dos principais bloqueios de trânsito. Dois drones foram utilizados para fazer imagens da movimentação nos três palcos e nos acessos ao bairro de Copacabana.
Após a virada, conforme dados da prefeitura, os cinco mil empregados de limpeza pública da Comlurb removeram 980 toneladas de resíduos, sendo 508 toneladas apenas em Copacabana, que contou com dois mil profissionais, 160 veículos e 70 equipamentos.
As praias da Barra da Tijuca e do Recreio dos Bandeirantes somaram juntas 180 toneladas. A Praia de Sepetiba contabilizou 17, 5 toneladas. Em 2024, a Comlurb removeu 969 toneladas de resíduos em todos os pontos da festa e, em Copacabana, foram recolhidas 484 toneladas.
O apoio de 400 veículos, equipamentos e mais de oito mil contentores e caixas metálicas em toda a orla da cidade facilitaram o descarte por parte dos cariocas e turistas, “tornando a limpeza ainda mais ágil e eficiente”. E, no primeiro dia de 2025, às 10h, as estradas já estavam lavadas e desodorizadas e a Avenida Atlântica, liberada ao público.
Os agentes da Secretaria de Ordem Pública (SEOP) e a Guarda Municipal, em Copacabana, realizaram a apreensão de cerca de 1.700 itens de vendedores ambulantes irregulares, entre eles bebidas diversas, garrafas de vidro e outras grandes estruturas. As equipas desfizeram mais de 50 acampamentos e quatro tentativas de cercadinhos. As ações também renderam a apreensão de três botijões de gás e sete churrasqueiras, além de 280 mesas e cadeiras plásticas em um quiosque.
Segundo apurámos, apesar do trabalho de segurança, houve início de arrastões na praia e nas imediações de Copacabana e momentos em que pessoas foram atingidas por balas perdidas, disparadas desde algumas comunidades próximas.
Nas fiscalizações de trânsito, foram aplicadas 830 infrações e 57 remoções de veículos estacionados irregularmente. Foram aplicadas 236 autuações em taxistas e motoristas de aplicativos por infrações variadas, sendo cinco por cobrança sem a utilização do taxímetro. Um homem foi preso por agentes da SEOP por furtar o telemóvel de um turista. As equipas foram acionadas pela vítima e, ao chegarem ao local, encontraram o aparelho enterrado na areia. O telefone foi recuperado e a ocorrência registada na 14ª DP, em Copacabana.
Ao longo da tarde do dia 31, a SEOP e a Guarda Municipal removeram uma ambulância que servia como depósito irregular de bebidas e móveis de algum estabelecimento comercial na rua Constante Ramos, em Copacabana, na tarde desta terça-feira, dia 31. No interior da ambulância estavam bebidas, cadeiras e outros itens de algum estabelecimento do entorno que ainda não foi identificado pela Prefeitura. Até o momento, nenhum responsável foi identificado e autuado.
E, no esquema especial de atendimento, com 300 profissionais e 30 ambulâncias, montado pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro na orla de Copacabana, composto por quatro postos médicos, atendeu 501 pessoas das 17h30 do dia 31 até as 5h do dia 1° de janeiro. Oitenta pacientes precisaram ser transferidos para hospitais da rede para cuidados mais complexos. A maioria dos pacientes apresentou mal-estar, traumas (quedas, pancadas, cortes) ou intoxicação etílica.
Houve também vistorias higiénico-sanitárias dos alimentos fornecidos pelos quiosques na Praia de Copacabana. As ações fazem parte do projeto Orla Legal, e incluíram a coleta de 238 amostras entre os dias 18 e 20/12 e a entrega de laudos e orientações adicionais a partir do dia 23/12. O projeto continua em janeiro, com inspeções previstas em mais de 150 quiosques em Copacabana, no Leme e na Barra da Tijuca.
A Secretaria Municipal de Assistência Social foi integrada à estrutura e realizou 3.843 atendimentos de crianças e adolescentes, 13 foram acolhimentos. Também foram realizados 204 atendimentos de adultos, com oito acolhimentos, excetuando-se os palcos Madureira, Paquetá e Praia do Flamengo, que não finalizaram os números. ■
