Opinião: “Reclamar significa clamar duas vezes”, por Sônia Crisóstomo

“Abandonando o ciclo da negatividade”

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Sonia Crisóstomo, empresária, escritora, Coach em Well-being & Happiness
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Alguns de nós acordam já de manhãzinha com um humor cinzento. Reclamam da noite, do frio, do calor, do cobertor da meia, de não ter usado meia, do café meio frio, da roupa que não combina, do emprego que não gosta, da preguiça de pegar trânsito para levar o filho na escola.

PARE! Já há algum tempo a ciência tem se dedicado ao estudo do bem-estar e da felicidade. Contudo, somos rodeados pelo binômio luz e sombra em quase tudo na nossa vida. Assim, se estudamos hábitos que nos conduzem à felicidade também é importante estudar o outro lado dessa mesma moeda. 

Steven Parton, filósofo e cientista, desenvolveu um estudo sobre o qual verificava a forma pelas quais as emoções negativas afetam o nosso cérebro e o nosso corpo, ou seja, a nossa saúde mental e física. Parton comprova, portanto, uma frase que sempre uso: “tudo na vida é treino”. O nosso cérebro e corpo se adaptam a padrões de negatividade e estão sempre a buscar mais do mesmo. E quanto mais reforçamos o padrão de reclamações e problemas, mais instintivamente vamos buscar ferramentas e situações para alimentar esse padrão.

Pessoas nesse estado tendem a reclamar dos seus problemas, da sociedade, e se apegam fortemente a problemas dos outros como se fossem seus. Porém, se apegam à dor e não ao modelo transformacional de uma situação de negativa para positiva. O nosso cérebro aprende e como afirmava o psicólogo Donald Oldin Hebb, um dos pioneiros da neuropsicologia e psicologia cognitiva,  “neurônios que disparam juntos, conectam-se entre si” (“Cells that fire together, wire together”). Assim, o ato de reclamar se transforma em um hábito, um comportamento, um vício que as pessoas têm e que levam a uma tendência a reagir negativamente a eventos futuros.

Além dos efeitos no humor, as queixas constantes podem desencadear a liberação de cortisol, um hormônio relacionado ao estresse. Níveis elevados de cortisol a longo prazo podem enfraquecer o sistema imune, aumentar o risco de doenças e interferir no bem-estar geral.

A boa notícia é que, como aprendemos a reclamar, também aprendemos a olhar as situações da vida com positividade, proatividade e resiliência. E também quanto mais exercitamos esses comportamentos, tendemos a reagir de forma mais positiva a eventos futuros. E estudos comprovam que pessoas bem dispostas estão menos suscetíveis a eventos de ansiedade e depressão, além terem uma imunidade mais alta e perceberem em si uma sensação de bem-estar geral.

Sabedores de que temos o poder de parar de reclamar hoje, deixo um desafio e um convite carinhoso a mudança de hábitos, à ação positiva de intencionalmente transformar sua vida para melhor e por consequência, inspirar pessoas a serem mais felizes. ■

Sônia Crisóstomo

Empresária, escritora, Coach em Well-being & Happiness, e ajudo pessoas de todas as partes do mundo a transformarem suas vidas para melhor

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