
A palestra “Acordo Mercosul e União Europeia: Oportunidades de Negócios na Ambiência Luso-Brasileira”, com o membro do Conselho de Administração da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), Paulo Rios, ocorrida no dia 7 de abril, na capital do Cerará, Fortaleza, Brasil, centrou-se nas relações comerciais entre Brasil e Portugal.
O evento, realizado no Auditório Luis Esteves da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), em Fortaleza, teve a participação de empresários, diplomatas, investidores e representantes do setor industrial cearense.
A presidente do Conselho de Relações Internacionais da FIEC e gerente do Centro Internacional de Negócios (CIN), Karina Frota, fez a abertura do encontro e destacou que o “acordo entre Mercosul e União Europeia representa uma nova janela de oportunidades para o Ceará. Nosso papel, como entidade que fomenta o comércio exterior, é garantir que o empresariado local esteja preparado para se inserir de forma competitiva nesse cenário global”.
Karina Frota ressaltou que “o relacionamento bilateral entre Brasil e Portugal” é um “tema tão relevante”, num “cenário internacional conturbado”, e daí ser necessário saber “enxergar as oportunidades que surgem — sejam elas por meio do futuro acordo entre Mercosul e União Europeia, ou pelas recentes políticas aplicadas pelos Estados Unidos a diversos países.”
Na sequência, o advogado, ex-parlamentar e consultor de comunicação na área empresarial e política, Paulo Rios, desenvolveu o tema da palestra e fez uma análise dos impactos e das oportunidades sobre acordo e consolidação dos “fluxos comerciais e de investimentos” entre Brasil e Portugal.
Rios argumentou que Portugal afirma-se “um hub estratégico para negócios globais, unindo localização privilegiada, estabilidade econômica e uma forte vocação exportadora”.
Em seguida, Rios citou 2024, quando “o país registou crescimento expressivo em setores como turismo (+8,8%), agricultura (+10,8%) e indústria química (+13,8%), com destaque para as indústrias de alta tecnologia — cujas exportações aumentaram 13,8%, impulsionadas por produtos farmacêuticos (+25,9%) e aeronaves (+23,0%)”.
O palestrante evidenciou ainda “os diferenciais competitivos de Portugal, que reúne talento, inovação, segurança e sustentabilidade em um único destino”: a união luso-brasileira consolidada “como uma ponte natural entre a América do Sul e a Europa, e o Ceará desponta como uma porta de entrada promissora, especialmente em setores como energia, infraestrutura, inovação e agroindústria”.
“O país possui a terceira maior taxa de diplomados em engenharia da Europa e lidera investimentos em energias renováveis, além de desempenhar um papel estratégico no tráfego global de dados, impulsionado por uma ampla rede de cabos submarinos”, disse.
Portugal foi considerado o sétimo país mais seguro do mundo e “figura entre os sete principais destinos europeus de Investimento Direto Estrangeiro (IDE). Com um ambiente favorável ao empreendedorismo, o país abriga startups de impacto global e já é berço de diversos unicórnios, consolidando-se como um polo de inovação com políticas abertas ao investimento.
Estiveram presentes também autoridades ligadas às relações bilaterais e do setor internacional, como Francisco Costa, da AICEP; Raul Santos, presidente da Câmara Brasil Portugal no Ceará; Rui Almeida, cônsul de Portugal em Fortaleza; Patrícia Campos, diretora da Câmara Brasil Portugal; e Igor Gonçalves, presidente da Câmara Setorial de COMEX e Investimento Estrangeiro.
O evento, com a participação da Câmara Brasil Portugal no Ceará (CBPCE), teve apoio da AICEP, do Vice-Consulado de Portugal em Fortaleza, do CIN, do FIEC, da Câmara de Comércio Exterior & Investimento Estrangeiro do Ceará, da APSV Advogados e da QAIR Brasil. ■