Numa cerimónia emocionante realizada no dia 17 de novembro, no Salão Mili Rose do Centro Comercial La Casona, em San Antonio de los Altos, Estado de Miranda, a 21 quilómetros da cidade de Caracas, na Venezuela, a Academia do Bacalhau dos Altos Mirandinos fez história ao ser oficialmente reconhecida como a 61ª Academia do Bacalhau do mundo. Este feito surge após 13 anos de trabalho incansável em prol da comunidade.
Sob a moderação da funcionária consular Elizabeth Abreu, teve lugar o ato solene da Oficialização da Academia do Bacalhau dos Altos Mirandinos. A cerimónia teve início com a leitura da ata do documento que credencia os Altos Mirandinos como a 61ª Academia do Bacalhau do mundo, emitido pela Academia Mãe de Joanesburgo, presidida por Rogério Nascimento, e lida pela comadre Fátima dos Ramos.
Seguiu-se o canto do Hino Oficial das Academias do Bacalhau pela cantora Gaby Cabral, na presença de 350 pessoas. Entre os presentes estiveram o Embaixador de Portugal na Venezuela, João Pedro Fins do Lago; o Cônsul Geral de Portugal em Caracas, Luis Macieira de Barros; o Conselheiro das Comunidades, Fernando Campos; o presidente da Academia do Bacalhau de Valência, Manuel Rodrigues Da Tenda; o presidente do Lar Padre Joaquim Ferreira, Carlos Carvalho; a presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência das Senhoras, Lucecita Rodrigues; e o Reitor do Santuário de Nossa Senhora de Fátima do Carrizal, Henry Rivero, que proferiu as palavras de bênção.
Os compadres presentes puderam desfrutar de um extenso cardápio composto por uma variedade de contornos da culinária portuguesa, como prato principal Bacalhau à Biscaia, com seus respectivos contornos, saladas, frango, carnes e acompanhamentos, enquanto no repertório de bebidas foram distribuídas uma garrafa de uísque e duas garrafas de vinho por mesa.
O Presidente da Academia do Bacalhau de Caracas, José Luis Ferreira, presidiu à cerimónia de oficialização dos Altos Mirandinos como a 61ª Academia del Bacalao do mundo, felicitando os compadres residentes em San Antonio, Carrizal e Los Teques, pelo esforço em manter a tradição filantrópica portuguesa em gerar estes encontros de amizade para fins de causas sociais. Apesar do facto de, pela primeira vez, a Academia Mãe de Joanesburgo estar ausente de uma academia oficial.
Por sua vez, o Embaixador de Portugal na Venezuela, João Pedro Fins do Lago, sublinhou a importância de apoiar fortemente as Academias do Bacalhau e as instituições formadas pelas comunidades portuguesas para o grande trabalho de prestar caridade às pessoas mais necessitadas, destacando os valores da cultura gastronómica e das tradições portuguesas através dos encontros que contribuem para os laços de amizade e cooperação entre os portugueses e o país de acolhimento.
De igual modo, o presidente da Academia do Bacalhau dos Altos Mirandinos, Celestino dos Santos, agradeceu às autoridades diplomáticas, compadres e comadres a presença na cerimónia oficial, onde destacou que a associação conta já com mais de uma década a executar uma missão de elevada magnitude ao prestar assistência a dois lares de idosos e dois orfanatos da região e ao ser uma das precursoras do Santuário da Virgem de Fátima na Venezuela.
A Academia do Bacalhau dos Altos Mirandinos foi fundada em 2012, sendo a quarta academia de bacalhau a ser criada na Venezuela, depois de Caracas, Valencia e Maracay, Esta academia sediada em Los Teques foi fundada pelo seu primeiro presidente José Carlos Gouveia e é atualmente presidida pelo seu sucessor, Celestino dos Santos, e integrada pelos compadres Hilario Rodrigues, Manuel Dos Santos, Carlos Rocha, Pedro Gonçalves, José Gomes, Aquilino De Gois e Gabriel Nascimento, dignos representantes desta instituição social com filiais em vários pontos do mundo e que tem como objetivo estender o seu apoio aos mais necessitados.
O evento culminou com as apresentações musicais dos grupos musicais: Grupo Aries e Parceiros Banda Show, que animaram os compadres e comadres presentes com temas populares da música tradicional portuguesa, em que estes grupos sediados em Valência e Caracas trouxeram o melhor dos ritmos lusitanos com um sabor venezuelano. ■
Marcos Ramos Jardim
Correspondente na Venezuela