Associação “Mais Lusofonia” representou região Centro de Portugal nas celebrações pelos 50 anos de independência de Cabo Verde

Cerimónia oficial na capital portuguesa reuniu autoridades de Portugal e cabo-verdianas; governo do país africano celebrou a sua trajetória e reafirmou laços com Portugal. Presidente da “Mais Lusofonia”, Sofia Lourenço esteve entre os convidados

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Sofia Lourenço tem estreitado ligação entre o Interior de Portugal e o governo de Cabo Verde. Foto: divulgação
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Com cerca de 200 convidados, entre autoridades políticas, diplomáticas, representantes de associações e artistas, o governo de Cabo Verde celebrou, no último dia 2 de julho, os 50 anos da sua independência com uma cerimónia oficial em Lisboa. O evento reuniu nomes como o primeiro-ministro de Cabo Verde, Ulisses Correia e Silva; o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro; e o presidente da Câmara de Lisboa, Carlos Moedas, entre outros. A presidente da Associação “Mais Lusofonia”, Sofia Lourenço, também esteve na cerimónia a representar a região Centro de Portugal, numa tónica de valorização do trabalho associativo e dos laços culturais entre os países de língua portuguesa, sobretudo Cabo Verde e Portugal.

“Foi com muita honra que participei numa cerimónia que assinala a independência de um povo, mas não só, destaca a vitalidade da cultura e das oportunidades em solo cabo-verdiano. No âmbito das ações da “Mais Lusofonia”, temos tido a oportunidade de atuar em diversas frentes no campo humanitário, com o apoio de dezenas de voluntários, com deslocações a países de língua portuguesa, como Brasil, São Tomé e Príncipe, e, com maior agenda em Cabo Verde. Vamos continuar o nosso trabalho, que é hoje enaltecido pelo governo do arquipélago, mas também pela embaixada de Cabo Verde em Lisboa e pelas autarquias locais portuguesas, como a de Castelo Branco, onde estamos localizados”, comentou Sofia Lourenço.

Durante a celebração, o primeiro-ministro cabo-verdiano destacou o percurso de resistência e afirmação da nação.

“Durante a Gala comemorativa dos 50 anos de Cabo Verde independente, em Lisboa, celebrei com a nossa comunidade o percurso de uma nação crioula resiliente. Cabo Verde, ‘nós orgulho, nós futuro’ — este é o lema das comemorações.
Recordamos uma longa história de superação: fomos colónia durante 500 anos, conquistamos a independência em 5 de julho de 1975 e a democracia em 1991.
Mantemos com Portugal uma relação fraterna, de confiança e respeito mútuo, expressa na nossa ligação cultural, económica, institucional e na pertença à CPLP e à parceria com a União Europeia”, disse Ulisses Correia e Silva.

O primeiro-ministro português, Luís Montenegro, também celebrou a data.

“50 anos da independência de Cabo Verde e continuamos juntos, a estreitar os laços que nos unem. Eu tenho mesmo uma grande admiração por esta Nação, por este Povo. Que grande exemplo de País. Obrigado!”, afirmou Montenegro.

As comemorações fazem parte de uma programação mais ampla, com atividades previstas ao longo do mês de julho em diferentes localidades.

Espaço do Investidor da Diáspora em Lisboa

No dia seguinte à cerimónia, 3 de julho, o ministro da Promoção de Investimentos e Fomento Empresarial de Cabo Verde, Eurico Monteiro, inaugurou em Lisboa o primeiro Espaço do Investidor da Diáspora, sediado na Embaixada de Cabo Verde. A iniciativa faz parte das comemorações dos 50 anos da independência, buscando fortalecer a participação económica da diáspora e atrair novos investimentos.

Monteiro destacou que, embora Portugal não concentre a maior comunidade cabo-verdiana, é o país de onde partem as maiores remessas para Cabo Verde — um indicativo da forte ligação económica e cultural entre os dois países. Segundo este governante, o novo espaço funcionará como centro de apoio e orientação sobre oportunidades de investimento nas diversas ilhas do arquipélago.

Entre os benefícios oferecidos, estão incentivos fiscais, isenções aduaneiras e mecanismos de apoio institucional. Os setores prioritários incluem energias renováveis, turismo sustentável e áreas alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, visando à diversificação económica e à aceleração do desenvolvimento, especialmente fora das ilhas mais tradicionais.

Segundo apurámos, a iniciativa, apoiada pela Organização Internacional das Migrações (OIM), poderá ser replicada em outras representações diplomáticas de Cabo Verde. ■

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