Associação portuguesa em Caracas mantém apoio social e cultural em meio à crise na Venezuela

Fundada em 1969, a Sociedade de Beneficência de Damas Portuguesas reúne voluntárias para atender famílias carentes e preservar tradições lusas entre crianças e jovens

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Voluntárias da Sociedade de Beneficência de Damas Portuguesas preparam doações para famílias em Caracas; entidade alia assistência social à preservação cultural. Foto: divulgação/Diáspora Lusa
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A Sociedade de Beneficência de Damas Portuguesas (SBDP), criada em 1969 em Caracas, mantém ações sociais e culturais voltadas à comunidade luso-venezuelana em meio à crise no país. Formada por cerca de 30 voluntárias, a associação distribui mensalmente cabazes alimentares e a chamada “sopa da esperança”, que chegam a mais de 130 famílias, além de medicamentos e kits de higiene para cerca de 200 pessoas.

Com a emigração de muitos filhos, o apoio também se estende a idosos em situação de vulnerabilidade, que passaram a receber atenção psicológica para enfrentar a solidão. Parte das iniciativas alcança a sociedade venezuelana, como a ajuda a hospitais infantis, fundações locais e programas de assistência a pessoas carentes.

A vertente cultural é outro pilar da entidade. A SBDP oferece cursos de costura, confeitaria tradicional portuguesa e cestaria, organiza festas populares e promove eventos como as marchas de São João e a celebração do 25 de abril. Entre os próximos projetos está o início de aulas de língua portuguesa para crianças, reforçando a identidade cultural das novas gerações.

Segundo o Observatório da Emigração, a comunidade portuguesa na Venezuela é estimada oficialmente em 600 mil pessoas, podendo ultrapassar um milhão quando incluídos os descendentes. Nesse contexto, o trabalho da associação é considerado central para a coesão social e cultural da diáspora.

Para financiar as atividades, a instituição conta com apoio dos governos de Portugal e da Madeira, além de organizar almoços, rifas e bingos solidários. O aumento da procura por ajuda, sobretudo entre idosos, tem levado as voluntárias a adaptar a atuação e ampliar os serviços prestados. ■

 

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