
O artigo intitulado “Cobalt enrichment in Paleoproterozoic African and Brazilian manganese deposits”, em tradução livre: “Enriquecimento de cobalto em depósitos de manganês paleoproterozóicos africanos e brasileiros”, estará no volume 6, edição 3 de maio da revista “Geoscience Frontiers”, editada por Xuanxue Mo, da “China University of Geosciences”. O texto está aberto para leitura online.
O objetivo do autor, o geólogo brasileiro do Serviço Geológico do Brasil, Evilarde Uchôa, foi “perceber as características geoquímicas desses depósitos e avaliá-los como potenciais fontes de cobalto, um metal valioso utilizado em diversas indústrias, como a automotiva, de química, de ferramentas, entre outras”.
A Investigação ressalta o enriquecimento de cobalto em depósitos de manganês de idade Paleoproterozoica (entre 2 e 2,2 mil milhões de anos) encontrados em África e no Brasil.
O pesquisador indica “que esses depósitos apresentam concentrações anômalas de cobalto, que sugere um grande potencial para a recuperação desse metal como subproduto, o que pode ser economicamente vantajoso e contribuir para a redução da dependência da mineração convencional de cobalto”.
Como método de pesquisa, o geólogo utilizou a “Análise de Componentes Principais (PCA)”, uma técnica de modelagem geoquímica utilizada na identificação de “padrões e variáveis relevantes nos dados”. Desse modo, a análise com o apoio do PCA “permitiu compreender a distribuição do cobalto e de outros metais, como cobre, níquel e vanádio, nesses depósitos de manganês”.
A pesquisa também sustentou “a formação desses depósitos ao longo da história geológica” e destacou “o papel das cianobactérias, oxigenação da atmosfera primitiva e mudanças nas condições químicas dos oceanos que influenciaram o ciclo do manganês, com enriquecimento de cobalto nos depósitos”.
O artigo é proveniente do doutoramento de Uchôa Filho, em andamento no Departamento de Geologia da Universidade Federal do Ceará (UFC). O trabalho contou com apoio da Society of Economic Geologists (SEG) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
A pesquisa pode ser lida em: https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1674987125000350 ■