A ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO – ACRJ, diante das notícias que contrariam o bom senso, a lógica econômica, o planejamento público e a segurança operacional com uma nova tentativa de esvaziando deliberadamente o Aeroporto Internacional do Galeão, manifesta-se firmemente contra essa iniciativa.
A experiência recente já demonstrou, de forma inequívoca, que a hiperconcentração de voos no Santos Dumont retira demanda do Galeão, reduz rotas internacionais, afasta companhias aéreas e compromete a conectividade global do Rio.
O Rio bateu recorde de turistas estrangeiros e o Galeão é o aeroporto com vocação internacional, infraestrutura adequada e localização estratégica para ser o grande hub do Sudeste de passageiros e cargas.
Esvaziá-lo não fortalece o sistema aeroportuário, ao contrário, fragiliza-o.
Cada voo internacional perdido no Galeão representa:
– Menos turistas estrangeiros;
– Menos transporte de carga;
– Menos empregos em hotéis, bares, restaurantes, casas de shows, estadios esportivos, transporte e cultura;
– Menos eventos internacionais, congressos e feiras;
– Menos divisas entrando no estado e no país.
É um golpe direto em uma das cadeias econômicas mais relevantes para o Rio de Janeiro, justamente no momento em que o turismo volta a crescer com quase 2 milhões de passageiros em 2025 e se mostra um dos vetores mais eficientes de geração de renda e oportunidades.
Ampliar indiscriminadamente a operação no Santos Dumont significa ainda pressionar uma infraestrutura que já opera no limite.
A insistência em inflar o Santos Dumont e esvaziar o Galeão não é aceitável.
O Rio de Janeiro é uma marca global. Tem vocação natural para ser uma das principais portas de entrada do Brasil para o turismo internacional, para eventos, negócios, cultura e inovação. Isso exige um aeroporto internacional forte, conectado e competitivo.
Ao tentar, mais uma vez, ampliar os voos no Santos Dumont em detrimento da bem sucedida coordenação dos aeroportos do Rio que integrou os dois principais terminais da cidade, destrói-se valor e compromete-se o potencial turistico.
O Rio já pagou caro demais por decisões improvisadas e de curto prazo.
A quem interessa destruir o turismo e a economia fluminense? ■
Rio de Janeiro 22 de dezembro de 2025
Associação Comercial do Rio de Janeiro – ACRJ
Fundação de Comercio Exterior e Relações Internacionais – Funcex





