Em 2023, os portugueses decidiram emigrar para a Suíça e Espanha

Com menos de mil entradas aparecem destinos como EUA (890), Itália (702), Brasil (547), Venezuela (532) e Angola (381); informações constam do relatório divulgado pelo Observatório da Emigração e Rede Migra, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia e pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa

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Ainda assim, a emigração portuguesa é superior aos níveis pré-covid na maioria dos seus principais destinos. Foto: Suíça/Agência Incomparáveis
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Cerca de 70 mil portugueses deixaram o país em 2023, um número que se manteve estável face ao ano anterior, com destino, sobretudo, à Suíça, segundo relatório divulgado pelo Observatório da Emigração e Rede Migra, Centro de Investigação e Estudos de Sociologia e pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa. Em 2023, a Suíça voltou a ser o principal país de destino para os portugueses, contabilizando-se 12.652 entradas.

“Estima-se que terão saído 70.000 portugueses em 2023, o mesmo número de 2022, continuando assim a recuperação da emigração portuguesa para valores próximos dos anos anteriores à pandemia do covid-19”, lê-se no relatório da Emigração Portuguesa 2024, com dados referentes ao ano anterior.

Segundo o documento, apenas não se verificou uma recuperação total uma vez que a emigração para o Reino Unido caiu mais de 40%, mantendo a trajetória descendente iniciada com o ‘Brexit’ (saída do Reino Unido da União Europeia) e para França cedeu 25%.

Ainda assim, a emigração portuguesa é superior aos níveis pré-covid na maioria dos seus principais destinos.

Destinos identificados

Em 2023, a Suíça voltou a ser o principal país de destino para os portugueses, contabilizando-se 12.652 entradas, seguida por Espanha, com 11.554. Destacam-se ainda países como França (7.426), Alemanha (6.375), Holanda – agora Países Baixos (4.892), Reino Unido (4.414), Bélgica (3.857) e Luxemburgo (3.638). Seguem-se a Dinamarca (1.818), Moçambique (1.439) e Canadá (1.005). Com menos de 1.000 entradas aparecem destinos como EUA (890), Áustria (778), Noruega (709), Itália (702), Suécia (688), Brasil (547), Venezuela (532), Irlanda (426) e Angola (381). No fundo da tabela estão a Austrália (91) e Macau (53).

“Embora a imigração portuguesa tenha perdido relativa importância ao longo dos anos, o impacto desses fluxos nos países de destino continua a ser expressivo. No Luxemburgo, por exemplo, os portugueses representaram cerca de 13,5% do total de entradas de imigrantes, enquanto em Macau o número foi de 6% e na Suíça 5,2%”, detalhou o documento.

Perfil

Em 2023, os emigrantes portugueses continuaram a ser maioritariamente homens em idade ativa. No entanto, alguns países têm uma maior taxa de feminização, como o Reino Unido (50,5%), França (50,4%) ou Austrália (46,2%).

Os EUA foram o país onde se verificou um maior aumento no número de emigrantes que adquiriram a nacionalidade, contabilizando-se 1.1896 processos, mais 21,9% face a 2022.

O relatório teve o apoio do Ministério dos Negócios Estrangeiros de Portugal, do Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, do Fundo para as Relações Internacionais (FRI) e da Direção Geral dos Assuntos Consulares e das Comunidades Portuguesas (DGACCP).

O Observatório da Emigração e a Rede Migra foram as entidades responsáveis pela sua elaboração, no quadro do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia (CIES-IUL) do Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE-IUL). Parcialmente integrado no sétimo relatório anual sobre emigração portuguesa da responsabilidade do Gabinete do Secretário de Estado das Comunidades Portuguesas. ■

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