
O governo do estado do Rio de Janeiro, por meio da Polícia Civil, divulgou, na noite deste domingo, dia 2 de novembro, uma lista com o perfil de 115 dos 117 mortos na sequência de uma das mais complexas ações de combate ao crime organizado do estado e de todo o país, a Operação Contenção.
A lista, que não inclui os quatro polícias mortos, não conseguiu identificar apenas dois indivíduos. Entre os demais, mais de 95% tinham ligação comprovada com o Comando Vermelho e 54% eram de fora do estado (62 neutralizados), oriundos dos estados do Pará (19), Amazonas (9), Bahia (12), Ceará (4), Paraíba (2), Maranhão (1), Goiás (9), Mato Grosso (1), Espírito Santo (3), São Paulo (1) e Distrito Federal (1).
O relatório indica também que 59 dos identificados tinham mandados de prisão pendentes, pelo menos 97 apresentavam históricos criminais relevantes e, dos 17 que não apresentaram histórico criminal, 12 apresentaram indícios de participação no tráfico em suas redes sociais.
“A apuração concluída é o verdadeiro retrato do cenário que eu venho insistentemente falando. Foi um duro golpe na criminalidade. Entre os que morreram ao reagir à ação das forças policiais, havia diversos líderes criminosos e inclusive de outros estados […]. Se não tiver uma integração efetiva de poderes e demais entes, sob a ótica e apoio federal, vamos vencer batalhas, mas não a guerra. Conter a expansão territorial do Comando Vermelho e enfrentar criminosos de alta periculosidade depende de ações unificadas e inteligentes. É o início de um grande processo no Brasil”, disse o governador carioca Cláudio Castro.
“Se eles [narcoterroristas] não tivessem reagido à abordagem dos polícias, teriam sido presos em flagrante pelo porte de fuzis, granadas e artefatos explosivos, por tentativa de homicídio contra os agentes de segurança e também pelos crimes de organização criminosa e associação para o tráfico de drogas. Portanto, são narcoterroristas que saíram do anonimato”, acrescentou Felipe Curi, secretário da Polícia Civil.
O secretário de Polícia Militar, Coronel Marcelo de Menezes, complementou sinalizando que a estratégia das forças de segurança teve como objetivo “empurrar os bandidos para uma área de mata fora da área habitada, no alto do morro, preservando a segurança da população. Foi lá onde se deram os maiores embates. E quem estava na mata, estava em confronto com a polícia”. ■




