Neurocientista luso-brasileiro “ajuda” a oficializar “neurociências” como campo científico na Bolívia

Fabiano de Abreu Agrela liderou processo de reconhecimento académico da área no país

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Fabiano de Abreu Agrela atuou na homologação oficial das neurociências na Bolívia. Foto: Divulgação / iMF Press Global
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O neurocientista luso-brasileiro e pós-doutor em neurociências, Fabiano de Abreu Agrela, reconhecido no meio académico pelas suas pesquisas em neurobiologia, genética do comportamento e cognição, concluiu, ao lado de investigadores e autoridades académicas da Bolívia, a homologação oficial das neurociências como “campo científico autónomo” no país.

Considerado um “marco histórico no desenvolvimento das ciências cognitivas”, o processo de validação académica e institucional teve a colaboração da Universidad Privada Franz Tamayo (UNIFRANZ), sob a coordenação do psicólogo James Yhon Robles.

O comunicado de divulgação da homologação ressalta que “pela primeira vez, o país reconhece as neurociências não como subcampo, mas como disciplina independente, com validade científica e institucional própria” e com influência nas políticas públicas de saúde mental, educação e desenvolvimento humano.

Mais do que uma conquista técnico-administrativa, o reconhecimento é visto como a “fundação de um novo eixo cognitivo” para a Bolívia, que agora possui uma Política Neurocientífica Reconhecida. O feito “representa um salto qualitativo para o continente sul-americano no que respeita à organização e regulação do saber neurocientífico”.

Em paralelo à validação, foi criada a Sociedade Científica de Neurociência da Bolívia, que reunirá especialistas, acadêmicos e profissionais de áreas afins, para fomentar o intercâmbio científico internacional e consolidar o avanço da área no país.

Com o reconhecimento, a Bolívia passa a conceder o título de neurocientista a profissionais com mestrado ou doutorado em neurociências, com formação em psicologia, biologia, biomedicina, educação física ou medicina, conforme os padrões regulatórios estabelecidos. O modelo pretende garantir a competência técnico-científica dos profissionais e proteger a integridade da prática neurocientífica.

“A experiência boliviana poderá servir de exemplo para outros países lusófonos, demonstrando que é possível unir rigor académico, visão estratégica e políticas públicas em prol da ciência. Portugal, que já reconhece as neurociências como área de investigação e formação avançada, possui estruturas sólidas, mas ainda carece de um modelo legal específico que regule, com igual clareza, o exercício da atividade profissional como neurocientista no domínio público”, finalizou Fabiano de Abreu Agrela. ■

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