Paulo Alexandre Pereira Santos Viana tem 52 anos de idade, é natural de Massarelos, no Porto. Conta com o 12° ano e estuda numa faculdade Inglesa chamada Elizabeth School of London. Trabalha num posto de combustível em Inglaterra. Nos últimos dias, concorreu a deputado municipal (Councillor) pelos Liberais Democratas em Inglaterra. O seu partido “venceu as eleições”, mas Paulo ficou em terceiro lugar, não alcançando a sua eleição, mas “prestígio”, sobretudo, junto da população da vila de Leamington Spa, no centro de Inglaterra, onde vive há cerca de duas décadas.
Paulo Viana é hoje candidato cabeça de lista a deputado à Assembleia da República portuguesa pela emigração pelo círculo europeu pelo Partido Popular Monárquico.
Em entrevista à nossa reportagem, este candidato avançou que ações pretende tomar caso seja eleito.
O que está a impulsionar a sua candidatura?
A falta de ajuda de representações Diplomáticas espalhados por toda a Europa, a falta de democracia nas Listas dos Eleitores (existem nomes de pessoas que já não são emigrantes) e os Serviços Sociais de apoio aos Emigrantes Portugueses que são escassos.
Que políticas são necessárias para a comunidade portuguesa emigrada?
Se eu ganhar irei me debruçar-me nestes pontos gerais que, de forma geral, são as políticas necessárias para apoiar a comunidade emigrante portuguesa, o que inclui: Facilitação do Regresso e da Reintegração: apoios financeiros para quem quiser regressar a Portugal e programas de emprego, formação profissional e reconhecimento de qualificações obtidas no estrangeiro; Apoio à Educação e à Língua Portuguesa: oferta de ensino de português no estrangeiro para filhos de emigrantes e criação de centros culturais e apoio a escolas comunitárias; Serviços Consulares Mais Eficientes: modernização dos consulados para atendimento mais rápido e digitalizado e mais serviços online (passaportes, registos, certidões); Representação Política e Cívica: garantir que os emigrantes possam votar facilmente nas eleições e apoiar a participação ativa da diáspora na vida política portuguesa; Apoio Social e Jurídico: apoio em situações de emergência (desastres naturais, crises políticas) e assistência jurídica para questões de imigração, trabalho ou direitos humanos; Promoção da Cultura e Identidade Portuguesas: financiamento de eventos culturais e desportivos no estrangeiro e incentivo ao fortalecimento da ligação emocional e cultural com Portugal; Incentivo ao Investimento e ao Empreendedorismo: criar programas para que emigrantes possam investir ou abrir negócios em Portugal e reduzir burocracias para quem quer empreender no país de origem.
Que linhas pretende seguir em relação às comunidades portuguesas caso seja eleito? E quais são os seus objetivos centrais?
Tudo que falei na outra pergunta, mas sinto mais importante o problema do SNS, isto é, as listas, a Segurança Social e a representação diplomática Portuguesa. Ajudar as Associações Portuguesas espalhadas pela Europa e, em lugares aonde exista uma grande comunidade Emigrante Portuguesa, criar uma Associação de apoio.
O que pode ser feito no sentido de se valorizar o trabalho consular português no estrangeiro?
Criar mais postos de trabalho nos consulados aonde a linha de apoio esteja com um maior tempo em espera.
Qual a importância do movimento associativo português nos países de acolhimento?
O movimento associativo português no país de acolhimento é extremamente importante por várias razões para mim e qualquer Emigrante Português: Preservação da identidade e cultura portuguesas: as associações mantêm viva a língua, as tradições, a música, a gastronomia e a história entre as comunidades emigrantes e suas gerações futuras; Apoio social e integração: ajudam novos emigrantes a adaptarem-se ao país de acolhimento, oferecendo informação, apoio jurídico, ajuda na procura de trabalho e nas questões burocráticas; Criação de redes de solidariedade: as associações criam laços entre os emigrantes, promovendo a entreajuda e evitando o isolamento social; Promoção da imagem de Portugal: organizando eventos culturais, festas, feiras e exposições, as associações ajudam a divulgar Portugal e a sua cultura no exterior; Representação política e defesa de direitos: muitas associações representam a comunidade portuguesa junto das autoridades locais, defendendo direitos e lutando contra discriminação; Ligação contínua a Portugal: servem de ponte entre o país de acolhimento e Portugal, mantendo viva a ligação emocional, cultural e, muitas vezes, económica (por exemplo, promovendo investimentos e visitas a Portugal). Em resumo: o movimento associativo português nos países de acolhimento é vital para a preservação da identidade nacional, a integração social dos emigrantes e o fortalecimento das relações entre Portugal e o mundo.
O ensino da língua portuguesa deve sofrer alterações?
Sim, para melhor, claro.
O que a comunidade portuguesa deve esperar das próximas eleições legislativas?
A mudança que toda a Emigração Portuguesa necessita.
Por fim, que mensagem deixa para os eleitores?
O slogan da minha campanha é: “Unidos pela nossa Terra, juntos pelo nosso Futuro”. A minha mensagem é esta. Somos milhões de portugueses na Europa que não esqueceram as suas raízes. Quero ser a voz que leva os vossos sonhos, necessidades e direitos a Portugal. Defendo: serviços consulares rápidos e digitais; ensino da língua portuguesa para as novas gerações; facilitação do voto no estrangeiro; apoios reais para quem deseja regressar a Portugal. Não somos emigrantes de segunda — somos Portugal no mundo! ■