Opinião: “A Cebola no mundo do Vinho”, por João Carlos Farrapa

“Uma harmonização, sem ser no prato?”

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João Carlos Farrapa, Petit Sommelier, empresário, apresentador do programa “Uvas e Personalidades”
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Sempre com espírito inventivo ou por uma questão comercial, os produtores e representantes de vinícolas tiveram objetivos comparados, no que respeita a apresentação do produto para venda.

Quais semelhanças, as diferenças, os sabores, as estruturas e Terroir, Blends de terroirs diferentes, enfim, já se tem conhecimento que não o é recente, mas sim uma probabilidade que faz com que o mundo vinícola se reinvente constantemente

Vamos nos localizar no sec. XIX, onde uma das demarcações de França teria esse desafio trazido já dos antigos agricultores da região para apresentarem os vinhos brancos como roses.

De facto, seriam identificados como rosés, mas, na evolução dos processos, temos de dar passos atrás e rever ideias, conceitos e história da terra.

A casca de Cebola era utilizada para uma apresentação sofisticada, na época, e como diferencial para o seu comércio, mas o sabor também o era interessante.

São vistos bastantes produtores, na atualidade, a repetirem esse processo, mas um dos iniciais tinha o rótulo que o identificava como “Pellure D´oignon”, traduzindo à letra, “Casca de Cebola”.

Ainda existente na atualidade, foi, no início, a identificação de um processo em que as cascas de cebola eram utilizadas no processo de fermentação, juntamente com a polpa das uvas, e que seria o produto final dos vinhos brancos, a sua aparência rosácea e muito atrativa.

Na atualidade, a denominação de “casca de cebola” serve somente para a identificação do rótulo, como também a denominação da coloração dos vinhos perante a avaliação e identificação das suas estruturas por parte dos Somm nas suas avaliações e concursos.

Um processo artesanal, com um propósito, mas um passo importante na evolução e quebra de barreiras na produção e elaboração deste, que é, o licor dos deuses.

Sendo através de processos, de ideias ou normativas que podemos alterar para um bem comum, aventure-se o bem-aventurado, e, como costumo dizer, meus senhores, decantem-se! ■

João Carlos Farrapa

Petit Sommelier, empresário, apresentador do programa “Uvas e Personalidades”

noicaron@hotmail.com

*Os artigos de opinião são de inteira responsabilidade dos seus autores e não refletem, necessariamente, a visão do nosso órgão de comunicação social

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