Paris: Lançada no Consulado-Geral de Portugal a “VI Coletânea de Poesia Lusófona”

Todos os anos, os Coordenadores da obra escolhem uma personalidade para “representar todos os outros poetas”. Desta vez, escolheram Pedro Albuquerque, que veio pela primeira vez a Paris

0
18
Adélio Amaro, Mónica Lisboa, Cônsul-Geral de Portugal em Paris, e Frankelim Amaral. Foto: Luso Jornal / Carlos Pereira
- Publicidade -

A VI Coletânea de Poesia Lusófona em Paris, editada pela “Portugal Mag Editora”, foi apresentada esta quinta-feira no Consulado-Geral de Portugal em Paris, pelos dois coordenadores editoriais do projeto, Adélio Amaro e Frankelim Amaral, na presença de uma dezena dos poetas que nela participaram.

A Cônsul-Geral Mónica Lisboa tinha consigo cada uma das 6 edições da Coletânea e felicitou os coordenadores por conseguirem juntar, numa mesma obra, 83 poetas de vários países e lembrou também que no total das 6 edições, mais de 300 poetas viram publicados as suas obras neste projeto.

“Cada poema é uma janela aberta para o imaginário do autor, revelando temas como identidade, memória, amor, exílio, resistência e ancestralidade” escrevem os Coordenadores do livro, no prefácio. “Os estilos são diversos – do verso livre à métrica tradicional, da experimentação gráfica à oralidade exuberante – mas todos partilham o mesmo traço comum: o poder transformador da palavra. Há versos que abraçam, outros que ferem com sinceridade e muitos que fazem o leitor respirar fundo diante da verdade que só a poesia consegue dizer”.

Foto: Luso Jornal / Carlos Pereira

Desde a primeira edição que esta coletânea é sempre apresentada no Consulado-Geral de Portugal em Paris. “Na primeira vez, tínhamos um desafio pela frente: o Cônsul-Geral, na altura, tinha-nos dito que se a sala estivesse vazia, ficaríamos por ali, mas, na verdade, tivemos de abrir as portas das salas adjacentes porque havia muita gente. E desde então mantemos esta tradição” explicou Adélio Amaro ao LusoJornal.

Todos os anos, os Coordenadores da obra escolhem uma personalidade para “representar todos os outros poetas”. Desta vez, escolheram Pedro Albuquerque, que veio pela primeira vez a Paris.

“A minha avó veio para cá viver nos anos 40, trabalhou em casa do Mitterrand, e contou-me que quando chegou à estação de Austerlitz viu um rapaz vir na sua direção com um lindo ramo de rosas-vermelhas. Ela pensou que era para ela, pousou as malas, mas o rapaz passou por ela e ofereceu-as ao homem que vinha logo atrás. Ela contava-me isso, e eu andei a percorrer Paris, à procura de um rapaz com um ramo de rosas”, contou a sorrir.

Autor de vários livros, declamou um dos seus poemas, que está traduzido em várias línguas, “Artilharia Pesada”.

O livro começa com um texto do jornalista e escritor convidado Ígor Lopes e depois seguem-se os poemas selecionados em mais de 200 páginas.

Foto: Luso Jornal / Carlos Pereira

Os poetas que estavam presentes no Consulado-Geral de Portugal em Paris, leram os seus poemas, como foi o caso de Altina Ribeiro, Ermelindo Cunha, Leão Rebordosa, Maria José Henriques ou Piedade Soares Ly, todos da “praça de Paris”, mas também foram lidos poemas de poetas de Portugal e do Brasil que se deslocaram propositadamente para esta apresentação, alguns com intervenções muito emocionantes. Alice Machado e Helena Esteves Batista, também de Paris, não estiveram presentes para ler os seus textos.

Frankelim Amaral, fundador da “Portugal Mag” viveu muitos anos na região parisiense, antes de se mudar definitivamente para Portugal. Mas deixou aqui uma rede de contactos que continua a alimentar e prometeu ao LusoJornal que, no próximo ano, haverá uma nova edição desta Coletânea de Poesia Lusófona em Paris. ■

Agência Incomparáveis, com Luso Jornal

- Publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.