A procura por casas para comprar ou arrendar em Portugal cresceu nos últimos anos entre os estrangeiros fora da União Europeia (EU), com 54% para comprar casa e 63,8% para arrendar. Há também, entre os mais destacados, o fluxo de brasileiros e norte-americanos em busca de moradia em 15 grandes cidades. Mas há, nessa necessidade de encontrar uma nova vida em Portugal, uma barreira: os altos preços dos imóveis.
Os dados foram divulgados num relatório elaborado pelo Idealista, tendo como base fevereiro deste ano, com dados ampliados do crescimento pela procura de habitação por pessoas que vivem fora da UE e também por estrangeiros que visam as capitais de distrito e regiões autónomas.
Ponta Delgada, a maior cidade dos Açores, com um pouco mais de 67 mil habitantes, é a preferida por 70% dos “estrangeiros interessados em comprar casa fora da Europa”. Em Braga, Coimbra e Viseu, mais de 64% dos visitantes são de fora da UE. Também em Porto e Lisboa, a maior procura é de outros países da UE, respectivamente com 60,4% e 60,2%. Faro, Portalegre, Guarda, Viana do Castelo e Bragança recebem a maioria dos interessados de países da UE.
Com relação à expansão do mercado imobiliário, corresponde às necessidades do “o aumento da procura por não europeus foi registado em 11 municípios, incluindo Bragança, Porto, Funchal e Lisboa”.
O especialista em imóveis António Carlos, que lidera uma equipa da Remax na Covilhã, comentou que esses dados refletem uma necessidade de estrangeiros em busca de melhoria de vida alinhada à busca por melhores condições de trabalho e investimentos, tanto financeiros como profissionais.
“Viver em Portugal oferece uma qualidade de vida grande para europeus e cidadãos de outros países”, disse António Carlos, que, recentemente, conquistou os prémios “Golden e Gold” pela RE/MAX Portugal pelo seu “desempenho excepcional e liderança no setor”.
Este profissional recordou ainda que o Interior de Portugal tem sido procurado por diversos estrangeiros, incluindo brasileiros, pela sua qualidade de vida, segurança, habitações com preços mais acessíveis e pela própria região, que apresenta “características históricas únicas”.
“É por esta razão que trabalho dia a dia com a minha equipa em busca de moradias com preços mais atrativos e, por isso, pela experiência vivida no mercado imobiliário em Portugal, que defendo, e já comentei noutras ocasiões, o investimento na região Centro, onde tem as melhores opções, por ser uma oportunidade financeiramente atrativa e por ter uma vida cultural enriquecedora”, disse. ■