O Real Gabinete Português de Leitura, na cidade do Rio de Janeiro, foi palco da assinatura de um protocolo de intenções para a promoção de programas de formação, livro e leitura, entre a ministra da Cultura do Brasil, Margareth Menezes, e o secretário municipal de Cultura do Rio, Lucas Padilha.
O evento, que contou com a presença do prefeito do Rio, Eduardo Paes, foi realizado dia 11 de abril durante o lançamento da marca “Rio Capital Mundial do Livro”, título concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco). A cidade do Rio de Janeiro é a primeira de língua portuguesa a receber essa designação.
Ao destacar a importância literária carioca, a ministra Margareth Menezes citou escritores brasileiros como Machado de Assis, Chico Buarque, Jeferson Tenório e Clarice Lispector, como “vozes” que “moldaram a nossa cultura e fortaleceram a nossa identidade”.
Em seguida, definiu a “literatura” como “uma ponte que nos conecta com outras realidades, que nos ensina a respeitar as diferenças e a abraçar a diversidade. É um motor de justiça social e uma fonte de inspiração para nossas vidas”. Ela encerrou o seu discurso interpretando “Fanatismo”, versão musicada de um poema da portuguesa Florbela Espanca.
A ministra estava acompanhada do secretário de Formação, Livro e Leitura, Fabiano Piúba, da coordenadora-geral de Livro e Literatura, Andressa Marques, e do presidente da Fundação Biblioteca Nacional (FBN), Marco Lucchesi.
Piúba disse que o “Ministério da Cultura conecta o evento com políticas públicas de livro, leitura, literatura e bibliotecas. Realizaremos aqui o lançamento do prêmio Viva Leitura, para reconhecer as boas práticas de leitura no Brasil. A ministra Margareth Menezes, como presidente do Conselho Geral do Cerlalc Unesco, o centro regional para fomento do livro na América Latina e Caribe, comandará a reunião do grupo. Há ainda o encontro da Redplanes, composta pelos responsáveis pelos planos nacionais de livro e leitura dos países ibero-americanos, América Latina, Caribe, Espanha e Portugal”.
O secretário lembrou que tanto a Bienal do Livro do Rio como a Festa Literária das Periferias (Flupp) contam com o apoio da Lei Rouanet.
No próximo dia 23 de abril, o Rio será oficialmente proclamada “Capital Mundial do Livro”. A data celebra o “Dia Mundial do Livro e dos Direitos do Autor”. A prefeitura informou que, ao “longo de um ano, a cidade terá programação especial voltada à promoção do livro e da leitura, além do fortalecimento de políticas públicas no setor”. O município foi reconhecido pela Unesco pela excelência de seus programas de promoção da leitura.
“O Rio é o livro sem ponto final. Aqui, histórias se realizam e realidades se superam. Ao longo deste ano, vamos trabalhar ainda mais pela cultura do livro e da leitura, traduzindo mais e melhores políticas públicas nas áreas de cultura e educação”, frisou o prefeito Eduardo Paes.
Durante a cerimónia, o prefeito entregou prémios a representantes de instituições por se destacaram na promoção da leitura. Os premiados foram a Festa Literária das Periferias (Flupp), a Bienal do Livro, o Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), o Real Gabinete Português de Leitura, a Fundação Biblioteca Nacional (FBN), a Academia Brasileira de Letras (ABL), Unesco, Itamaraty e o MinC. ■