A Casa de Portugal de São Paulo assinalou no domingo, 21 de julho, o seu 90.º aniversário. Fundada por portugueses e situada no coração da maior cidade do Brasil, a instituição continua a afirmar-se como uma referência da cultura luso-brasileira, apesar dos novos desafios impostos pelo tempo.
Segundo o presidente da Casa de Portugal, Renato Afonso Gonçalves, a importância da associação na sociedade paulista é enorme. Filho de emigrantes portugueses, Gonçalves destaca o papel ativo da instituição na promoção da cultura portuguesa e na preservação das tradições das comunidades luso-descendentes.
Participante nas celebrações, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, Emídio Sousa, referiu que a entidade conta com 90 “anos de história ao serviço dos interesses da nossa Diáspora, constituindo uma referência da portugalidade no Brasil”.
O momento foi acompanhado de perto também pelo Embaixador de Portugal no Brasil, Luís Faro Ramos, e pelo Cônsul-Geral Adjunto de Portugal em São Paulo, Jorge Longa Marques.
Com cerca de 2.500 sócios, a Casa de Portugal sobrevive sem qualquer subsídio dos governos do Brasil ou de Portugal. As receitas provêm exclusivamente das quotas associativas e do aluguer dos espaços da instituição, o que exige uma gestão rigorosa e constante capacidade de reinvenção.
No passado, a Casa de Portugal foi considerada o epicentro da vida luso-brasileira em São Paulo. Hoje, enfrenta uma realidade diferente, marcada por uma comunidade mais dispersa e por desafios financeiros e geracionais. Ainda assim, mantém as portas abertas e um programa cultural ativo, incluindo eventos, exposições, encontros literários e iniciativas voltadas para o reforço da identidade portuguesa no Brasil.
A celebração dos 90 anos foi marcada por eventos simbólicos e reforça o papel da Casa como ponto de encontro entre as gerações da diáspora portuguesa e espaço de preservação da memória e do património comum. ■