Quando circulamos pelo timeline de produção de vinhos na atualidade, verificamos sempre a que a opinião de terceiros perante a sua qualidade e características, influencia no valor dos produtos, como referência de qualidade.
A “pontuação” que observamos em muitos rótulos, teve a relação direta de um Sommelier e Marchant, que a utilizava a nível particular, nas suas anotações, e que foi adaptada por aqueles que lhe enviavam opções para a sua avaliação.
Todos estes pormenores são pequenos exemplos de orientação do mundo enológico, que é muitas vezes desconhecida pelo consumidor, mas quero salientar a “digital” histórica de um rótulo, que por si só, valoriza perante estes padrões, e que a sua verdadeira história é “esquecida” pela urgência do mercado.
Se optarmos inicialmente pela tradução à letra, teremos a designação de “pertencente a um Romano”, mas na sua identificação, que ficou atemporal desde a sua origem foi a de “Romanée Conti”.
De imediato, o nosso espírito comercial é despertado, mas a sua origem, de terras adquiridas por legionários após as suas campanhas é esquecida, onde plantaram espécimens trazidos para replantar, é esquecido.
A identidade e o “registro de propriedade” física é importante, tanto como o primeiro “D.O.C.” criado pelo nosso Marquês de Pombal, na região do Douro, mas numa perspectiva global, existe a oportunidade de todos nós “lermos” a origem dos rótulos que existem à disposição de todos, e que a história se vos apresenta rica e discreta numa prateleira de mercado.
Decantem-se! ■
João Carlos Farrapa
Petit Sommelier, empresário, apresentador do programa “Uvas e Personalidades”
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