Luís Marques Mendes, candidato à Presidência da República portuguesa, nas eleições de 2026, divulgou o manifesto “Comunidades Portuguesas – O Meu Compromisso”, no qual sublinha o papel estratégico da diáspora para o futuro do país. O antigo líder do PSD recordou que Portugal “não é apenas um território, mas uma nação” que se estende a todos os continentes, destacando a força económica, social, cultural e política dos portugueses espalhados pelo mundo.
Entre as medidas apresentadas, Marques Mendes propõe a criação de um departamento na Presidência da República dedicado exclusivamente ao contacto permanente com as comunidades portuguesas. O candidato defende também o reforço da aposta na língua e na cultura, através do ensino do português no estrangeiro e do apoio ao associativismo, considerando este investimento “essencial para projetar a imagem de um Portugal moderno e credível”.
Outra prioridade passa pela participação política dos emigrantes. Mendes quer garantir três modalidades de voto: presencial, postal e eletrónico para estimular maior envolvimento cívico e combater a atual limitação na participação eleitoral. O candidato coloca ainda a modernização dos consulados como objetivo central, defendendo mais recursos e melhores condições para aproximar os serviços do cidadão.
No manifesto, Marques Mendes assinala ainda a necessidade de criar medidas fiscais que incentivem o regresso dos portugueses reformados, sobretudo para o Interior do país, contribuindo para a coesão territorial. O documento valoriza igualmente o papel de instituições como o Conselho da Diáspora Portuguesa e o Conselho das Comunidades Portuguesas, com o compromisso de reunir periodicamente com este último sempre que estejam em causa diplomas que envolvam os emigrantes.
Ao recordar a criação da RTP Internacional nos anos 1990 e a consagração do direito de voto dos emigrantes nas presidenciais durante a revisão constitucional de 1997, este candidato reforçou a sua ligação de longa data às comunidades. O candidato conclui que a sua ambição é transformar a diáspora num “ativo estratégico de Portugal”, retribuindo em serviço público o muito que os portugueses no estrangeiro já deram ao país. ■