Rio de Janeiro: “Bar e Restaurante Glória” atrai turistas portugueses, lusodescendentes e moradores no centro da cidade brasileira

Estabelecimento fundado em 1945, funciona como ponto de encontro da comunidade luso-brasileira, sob gestão de Domingos Cunha

0
34
Domingos Cunha, gestor do Bar e Restaurante Glória, no Centro do Rio de Janeiro, estabelecimento que funciona como ponto de encontro da comunidade luso-brasileira desde 1945, recebe clientes diariamente. Foto: divulgação
- Publicidade -

Portugueses que visitam o Rio de Janeiro encontram no Bar e Restaurante Glória um ponto de referência para produtos gastronómicos brasileiros e portugueses. O estabelecimento, na Rua Acre, 6, no Centro, oferece gastronomia e convívio que reforçam a circulação cultural entre os dois países.

Localizado próximo à Praça Mauá e ao antigo porto carioca, o bar atrai visitantes portugueses que buscam espaços que conciliem a experiência urbana carioca com elementos da identidade portuguesa. A gestão de Domingos Cunha transformou o local em ponto de convergência para turistas, residentes e lusodescendentes.

Cunha, natural de Póvoa de Lanhoso, em Braga, Portugal, chegou ao Rio em 1964, aos 14 anos, e assumiu a gestão do bar fundado em 1945, nos anos 1980. Com o passar dos anos, percebeu que os visitantes portugueses reconhecem no espaço um ambiente descontraído, num diálogo gastronómico que atravessa Brasil e Portugal.

“Trouxemos para cá alguns pratos que destacam Portugal e as suas regiões, e conseguimos conquistar o paladar dos brasileiros”, afirmou, sublinhando que “a alma do restaurante continua portuguesa, porque mantemos as nossas raízes e o modo autêntico de cozinhar”.

O cardápio reúne bacalhau em diferentes versões, feijoada à transmontana, leitão à bairrada, bolinhos de bacalhau, lado a lado com pratos cariocas como feijoada brasileira e carne assada com nhoque. Vinhos portugueses e sobremesas como banana flambada completam a lista de opções.

O bar funciona como espaço regular de socialização para residentes portugueses e lusodescendentes que atuam em turismo, pesquisa, artes e no setor empresarial. A proximidade com a Rádio Nacional, o Edifício A Noite e o INPI facilita o acesso de profissionais, jornalistas, estudantes e empresários que utilizam o local para encontros informais.

Entre 1884 e 1959, o Brasil recebeu mais de 1,3 milhão de imigrantes portugueses, muitos desembarcados no porto próximo. A região preserva marcas dessa presença na arquitetura e nos hábitos culturais.

“Aqui no Rio, estamos no centro financeiro, e o tempo é escasso, então, temos de servir bem e rápido e com qualidade”, explicou Domingos Cunha.

O estabelecimento atravessou transformações urbanas nos anos 1960, em 2013 e a pandemia de Covid-19. Sob gestão de Cunha, o espaço articula públicos distintos e expressa a circulação cultural luso-brasileira contemporânea.

“Fico feliz quando vejo o meu negócio cumprir um papel social e estratégico, onde as pessoas conversam, debatem, realizam negócios e constroem vínculos duradouros”, concluiu o nosso entrevistado. ■

- Publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.