
O livro “Memórias da Ditadura — Sociedade, Emigração e Resistência”, do professor, escritor e historiador português Daniel Bastos, redigido a partir do espólio fotográfico, e inédito, do “militar desertor” e engenheiro nuclear, Fernando Mariano Cardeira, foi apresentado na livraria La Petite Portugaise, em Bruxelas, capital da Bélgica, no sábado, 5 de abril.
O espaço de palestras da livraria, que desponta na Europa como um ponto de encontro para a promoção da língua e cultura portuguesas, estava lotado por emigrantes, ativistas culturais e dirigentes associativos.
A presidente da Associação José Afonso, Núcleo de Bruxelas, Maria José Gama, destacou a obra como um “importante contributo para o conhecimento da nossa história recente, em particular, para o reforço da memória sobre a conquista da liberdade e democracia em Portugal”.
Toda a memória visual guardada por Cardeira foi relembrada por Daniel Bastos, entre elas, os momentos da vida portuguesa sob a opressão do governo nos anos 1960 e 70, as primeiras manifestações de maio de 1968 em Paris, o movimento estudantil português e o embarque de tropas para o Ultramar.
A publicação, em edição bilíngue (português e inglês), teve o apoio da “Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril”, com tradução de Paulo Teixeira e prefácio do investigador José Pacheco Pereira.
Publicamos aqui quando do lançamento de “Memórias da Ditadura — Sociedade, Emigração e Resistência”, sobre “as temáticas fundamentais na vida do historiador e comprovadas em outras publicações sobre a Diáspora, a História e a Emigração”.
Também nos referimos sobre “a primeira edição do livro, quase esgotada”, que havia sido “lançada noutras latitudes da diáspora portuguesa”, como Espanha (Vigo), Canadá (Toronto) e na França (Paris) e também várias cidades de Portugal: Lisboa, Porto, Braga, Felgueiras, Fafe, Óbidos e Torres Novas. ■