Angolanos em Castelo Branco celebram valorização da Kizomba como património cultural imaterial

“Os angolanos precisam de estar unidos” para “tirar proveito” da projeção global da Kizomba”, diz Margarett Neves, líder associativa na região Centro de Portugal

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Declaração visa “proteger e valorizar os géneros musicais e danças angolanas para futuras gerações”
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Margarett Neves, presidente da Associação de Angolanos em Castelo Branco, mostrou-se otimista com a declaração oficial do governo de Angola que decidiu classificar a Kizomba, género musical oriundo do país africano, como património cultural imaterial.

“Pensamos fazer no futuro ações sobre a Kizomba, pois temos de tirar proveito e promover internacionalmente o nome da Angola, até porque a Kizomba já é promovida mundialmente”, disse a presidente da Associação de Angolanos em Castelo Branco sobre o ritmo de Angola mais ouvido por diversos cantos do planeta.

 Recentemente, o governo angolano declarou a Kizomba e a Tchianda, géneros de música e dança angolanos, como “património cultural e imaterial do país no domínio das práticas sociais, rituais e atos festivos”. O objetivo é, segundo apurámos, “proteger esses patrimónios culturais de possíveis usurpações e garantir a sua preservação”.

Margareth Neves expressou entusiasmo com a notícia, explicando que “a Kizomba é uma dança sensual, bonita e já deveria ter sido reconhecida há mais tempo”.

Este responsável sublinha a importância da união e das características do povo angolano. 

“O povo angolano é super mexido, sensual, amigo, comunicativo e somos todos de língua portuguesa”, afirmou, reforçando a necessidade de promover e valorizar ainda mais o património cultural do país, além de sublinhar que “os angolanos precisam de estar unidos tirar proveito dos ganhos dessa iniciativa do governo de Angola”.

A declaração como património cultural e imaterial da Kizomba visa ainda “evitar a sua usurpação” e a promoção de medidas “visando à sua valorização e preservação para as gerações futuras”.

A iniciativa sublinha a importância de salvaguardar estas expressões culturais autênticas para o futuro.

A Kizomba é uma dança sensual e envolvente, originária de Angola. Os movimentos suaves e a conexão íntima entre os parceiros tornam essa dança especial.

Além da Kizomba e da Tchianda, foram reconhecidos como patrimónios imateriais nacionais a marimba e o quissanje, no domínio dos saberes e ofícios tradicionais, informou a Lusa. O executivo angolano também classificou como património histórico-cultural a Igreja Metodista Unida da Cidade de Malanje, a Igreja da Missão Católica do Cuvango, na província de Huíla, e o edifício do Colégio São José de Cluny, em Luanda. ■

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