Brasil quer intensificar as parcerias comerciais e investimentos com os países da União Europeia

Encontro na Polônia, além de aprofundar os diálogos de aproximação do Brasil com a Europa, quer um fluxo maior de produtos brasileiros

0
5
Presidente da ApexBrasil, Jorge Viana, durante discurso de abertura do encontro em Varsóvia. Foto: divulgação/ApexBrasil
- Publicidade -

Teve lugar em Varsóvia, capital da Polônia, nos últimos dias, um encontro com “Representantes dos Setores de Promoção Comercial e Investimentos (SECOMs)”, dos “Setores de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTECs)” e adidos agrícolas no sentido de intensificar as “relações comerciais e de investimentos entre Brasil e os países da União Europeia (UE)”.

“Estamos aqui trabalhando em Varsóvia, na Polônia. Estivemos em Lisboa, Portugal e depois vamos a Bruxelas na Bélgica, onde vamos ouvir todos os setores das embaixadas e consulados do Brasil para que a gente possa melhorar a performance brasileira no fluxo de comércio exterior fazendo com que o Brasil fique mais perto desses países e possa estar mais presente na Europa, especialmente por conta da possibilidade real de termos o acordo Mercosul-União Europeia”, disse o presidente da ApexBrasil, Jorge Viana.

Durante o encontro, houve debates sobre algumas formas de ampliar a presença brasileira no mercado europeu. Segundo a ApexBrasil, perto de “40% dos investimentos estrangeiros no Brasil vêm da UE, que importou, em 2024, US$ 48,3 bilhões em produtos do Brasil”. 

Para a diretora de Negócios da ApexBrasil, Ana Repezza, a missão é o início de uma série de ações coordenadas de fomento à promoção comercial. “Queremos garantir que essas discussões que temos aqui a respeito das potencialidades e do que precisa ser feito para que o produto brasileiro entre mais nesses países realmente surtam efeito e se transformem em ações concretas de promoção comercial e de atração de investimentos”.

Com relação às oportunidades citadas pela ApexBrasil durante os debates e com potencial para atração de investimento europeu no Brasil, foram citadas “a construção da Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde da Fiocruz, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio de Janeiro, cujo projeto está estimado em R$ 6 bilhões”.

Segundo o secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, Luís Rua, refletiu sobre as oportunidades e desafios durante as reuniões e considerou um “olhar” mais focado nos “países do Leste Europeu”, onde ele observou “uma série de potencialidades que a gente precisa explorar”.

Os encontros prosseguiram à tarde com os debates sobre desafios, oportunidades e estratégias do setor de agronegócio para maior inserção no mercado europeu, com a presença de representantes de instituições públicas e da iniciativa privada. Teve apresentações de representantes dos Setores de Promoção Comercial das Embaixadas (SECOMs) e dos Setores de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTECs), com representantes da Polônia, Romênia, República Tcheca, Sérvia, Bielorrússia, Ucrânia, Georgia, Eslovênia, Bulgária, Eslováquia, Croácia e Estônia.

A ApexBrasil divulgou que “a Polônia representa mais de dois terços do comércio brasileiro com o Leste Europeu”. No ano passado, “o Brasil movimentou cerca de US$ 2,4 bilhões na corrente de comércio com a Polônia”, com exportações de US$ 1,4 bi e importações de US$ 1 bilhão. “As exportações brasileiras são concentradas em commodities como minério de cobre e farelo de soja, representando 76% do total vendido, já as importações de origem polonesa são diversificadas, incluindo autopeças, fármacos e outros bens industriais”. 

O chefe da Gerência Regional da ApexBrasil e responsável pelos escritórios da Agência no exterior, observou que “o comércio entre os dois países é complementar”, pois “reforça o argumento de que ambos têm a ganhar com um acordo comercial mais robusto”. 

Segundo Viana, “a Polônia pode se tornar uma porta de entrada para produtos brasileiros no Leste Europeu e uma parceria mais integrada e estratégica pode gerar ganhos mútuos entre os dois países, especialmente considerando o contexto mais amplo da longa relação entre Brasil e UE”.

O senador Nelsinho Trad está na missão como representante do presidente do Senado, Davi Alcolumbre. “Esta cooperação que existe entre o Itamaraty e a ApexBrasil é fundamental. Eu realmente saio bastante satisfeito em ver a promoção que a ApexBrasil tem feito na gestão do presidente Jorge Viana”.

O encontro teve a presença de empresários e autoridades brasileiras que atuam no leste europeu: Polônia, Romênia, República Tcheca, Sérvia, Bielorrússia, Ucrânia, Georgia, Eslovênia, Bulgária, Eslováquia, Croácia e Estônia.

Depois da etapa ocorrida em Lisboa, Portugal, e desta em Varsóvia, o próximo ciclo de encontros será em Bruxelas, capital da Bélgica.

O ciclo de Varsóvia foi promovido pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE), com o apoio do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). ■ 

- Publicidade -

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

This site uses Akismet to reduce spam. Learn how your comment data is processed.