
A Câmara Municipal do Funchal, Madeira, recebeu, dia 28 de julho, os conselheiros das comunidades madeirenses para uma reunião destinada a “reforçar a cooperação com os representantes da diáspora”. O encontro procurou alinhar estratégias de integração e articulação institucional, além de ouvir experiências, dificuldades e propostas de colaboração.
A vereadora responsável pela área da Diáspora e Migrações, Ana Bracamonte, recebeu, nos Paços do Concelho, os representantes das comunidades madeirenses. Segundo ela, “a proximidade com os conselheiros permite que as iniciativas sejam desenhadas e ajustadas com base em contributos diretos das comunidades”.
Durante a reunião, foi apresentada aos conselheiros a estrutura e a missão da unidade Diáspora e Migrações, criada para responder aos desafios de acolhimento e integração de uma comunidade migrante em crescimento. Atualmente, mais de sete mil cidadãos estrangeiros, de cerca de 80 nacionalidades, vivem no Funchal, o que torna essa área da gestão municipal estratégica para a promoção da inclusão social, cultural e económica.
Também foi debatida a importância da reciprocidade no tratamento dos cidadãos imigrantes em Portugal, considerando que o número de portugueses residentes no estrangeiro supera o de cidadãos não nacionais em território português.
Com o intuito de fortalecer os vínculos entre a diáspora e a cidade, os conselheiros partilharam experiências e apresentaram sugestões para ações futuras. Entre os temas expostos estiveram a “promoção da língua portuguesa como ferramenta de integração social e profissional; programas de sensibilização e combate à discriminação, com foco na valorização da diversidade e da interculturalidade; e o papel das associações locais e das redes da diáspora no apoio comunitário e na solidariedade social”.
Foram ainda analisados projetos de articulação entre a autarquia, as associações, os conselheiros, as redes da diáspora e o setor empresarial. A proposta é, segundo apurámos, “construir uma agenda concreta de iniciativas que fortaleçam a ligação entre as comunidades madeirenses espalhadas pelo mundo e a cidade do Funchal”. ■