
A seleção portuguesa conquistou dia 8 de junho, pela segunda vez, a Liga das Nações de futebol, em Munique, Alemanha, ao bater na final a Espanha por 5-3 no desempate por grandes penalidades, após 2-2 no final do tempo regulamentar e prolongamento.
Na decisão por grandes penalidades, Gonçalo Ramos, Vitinha, Bruno Fernandes, Nuno Mendes e Rúben Neves converteram os pontapés que dispuseram, enquanto do lado espanhol Morata permitiu a defesa a Diogo Costa.
Durante os 90 minutos, a Espanha chegou ao intervalo a vencer já por 2-1, adiantando-se aos 21 minutos, por Zubimendi, e voltando para a frente do marcador com um golo de Oyarzabal, aos 45, a responder ao tento do empate de Nuno Mendes, aos 26.
Cristiano Ronaldo, aos 61 minutos, voltou a igualar a contenda, num golo que ditou o empate no tempo regulamentar e a decisão desta quarta edição da Liga das Nações no tempo extra e grandes penalidades, acabando favorável a Portugal, que repetiu o feito em 2019, quando venceu a primeira edição da prova.
Na zona mista após o jogo, Cristiano Ronaldo disse que “o sofrimento, as lágrimas, é especial. Porquê? Pela nossa nação, por todos os portugueses que estavam aqui no estádio, os que estavam em Portugal a torcer por nós, a malta que está no hotel todos os dias, os meus filhos e a minha mulher que vieram cá. Os meus filhos são espanhóis e estão a sempre a brincar comigo em casa. Para me deixarem irritado cantam ‘Espanha’. E ver o pai ganhar à Espanha, assim vou ficar com um bocadinho mais de moral, vão respeitar mais o pai. Por isso, é especial. Estou mesmo muito feliz”.
“Alegria e dever cumprido, a emoção de ter ganhado. Esta geração merecia bastante, principalmente o ‘mister’. Aquilo que fizeram com ele, disse na conferência de ontem, não foi justo. Porque deram-lhe muita ‘porrada’. Ele merece o título. Mesmo se eu não estivesse aqui, acho que é o treinador certo para estar à frente da seleção, porque vocês não veem a paixão que ele mete nos treinos, nos jogos. E não sendo português, o que aprecio mais. Uma pessoa que fala português, merece. É respeitar um bocadinho mais, e deixar ele trabalhar com calma. Porque depois de ganharmos uma competição destas, na Alemanha, contra a Alemanha e contra a Espanha, temos de ter mérito, jogadores e equipa técnica”, frisou Ronaldo.
O presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa, considerou que os festejos da conquista da Liga das Nações por Portugal foram superiores aos do Euro2016, garantindo que nunca viu a seleção tão feliz.
“Foi uma festa rija, eles estavam muito felizes, eu nunca vi a seleção tão feliz como talvez no Euro em Paris, mas eu acho que até bateu Paris, porque era a confirmação contra tudo e contra todos que nós fizemos uma coisa oposta dos espanhóis. Os espanhóis acabaram com a equipa antiga e fizeram uma equipa só de jovens, nós misturámos várias gerações, uma, duas, três, agora já vai para a quarta geração”, referiu Marcelo.
Já o primeiro-ministro, Luís Montenegro, elogiou o “talento, a capacidade de sofrimento e de superação” da seleção nacional.
Foi preciso “ter força anímica e física e arte e engenho para ir em busca do resultado e depois acreditar até ao fim. E, de facto, nós temos talento, capacidade de sofrimento e de superação como povo, e também no futebol demonstrámos essa capacidade”, elogiou. ■
Agência Incomparáveis, com Lusa