João Morgado: da Covilhã para o mundo, um escritor de raízes profundas e horizontes abertos

Autor tem vindo a afirmar uma voz literária que alia rigor histórico, introspeção filosófica e emoção poética

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João Morgado, escritor. Foto: Agência Incomparáveis/Arquivo
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Há escritores que parecem nascer de um lugar, e há outros que o reinventam. João Morgado pertence a esta segunda espécie. Filho da Covilhã, cidade moldada pelo frio, pela serra e pela lã, o autor transformou este cenário num território de imaginação e a paisagem em metáfora. Daquele chão beirão, ergueu uma obra que ressoa muito para além das encostas da Estrela.

Romancista, poeta, cronista e ensaísta, João Morgado construiu uma trajetória marcada pela solidez e pela inquietação. A sua escrita percorre o tempo como quem procura compreender a condição humana, das sombras da história à fragilidade do presente.

João Morgado é hoje um dos nomes mais singulares da literatura portuguesa contemporânea. Autor de romances, poesia, crónica e ensaio, este autor conquistou reconhecimento nacional e internacional, com distinções como o Prémio Literário Ferreira de Castro, o Prémio Literário Alçada Baptista, o Prémio Literário Vergílio Ferreira, o Prémio Literário da Lusofonia e, mais recentemente, o Prémio Literário Santos Stockler, atribuído ao seu romance Cemitério de Pardais.

Da Covilhã, onde continua a viver e a escrever, o autor construiu pontes com leitores e instituições de vários países, através de traduções, conferências e festivais literários.

É, como já lhe chamaram, “um homem da Covilhã, mas também um homem do mundo”.

“Sem as raízes, o escritor seria apenas vento”, escreveu Miguel Torga, uma frase que parece definir João Morgado. As suas raízes estão na terra beirã; as suas palavras, espalham-se pelo mundo.

Autor de obras como Diário dos Infelizes, O Livro do Império, Vaticanum, O Enigma de Ana, Sombra dos Deuses e Cemitério de Pardais, João Morgado tem vindo a afirmar uma voz literária que alia rigor histórico, introspeção filosófica e emoção poética.

Da Covilhã, com vista para o mundo. É daí que nascem as suas histórias. ■

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